Prêmio USP de Comunicação Corporativa chega à 7ª edição

Nomes dos vencedores serão divulagos dia 30 de novembro

qui, 05/07/2007 - 15h49 | Do Portal do Governo

O Prêmio USP de Comunicação Corporativa chega à sua sétima edição em 2007. Realizado pelo Laboratório Integrado de Marketing e Cultura (LIMC) e pelo Laboratório Agência de Comunicação (LAC) da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP, a iniciativa agracia instituições e pessoas que deram suas contribuições para o mundo da comunicação empresarial.

São duas as categorias do Prêmio: campanha e trajetória profissional. Segundo a organização, campanha premia casos inovadores de comunicação corporativa que tenham provocado mudanças de atitude e de comportamento nos públicos envolvidos (interno e externo à empresa). As inscrições para essa categoria estão abertas até o dia 27, e podem concorrer experiências desenvolvidas entre janeiro de 2006 e julho de 2007.

A premiação trajetória profissional reconhece a importância de uma carreira na área da comunicação, como explica o professor Luís Milanesi, diretor da ECA e coordenador do Prêmio. “Os vencedores são profissionais já reconhecidos entre seus pares”, diz.

O diretor ressalta que a comunicação se tornou estratégica e fundamental para empresas se desenvolverem e, por isso, profissionais da área devem ocupar cargos de comando no mercado. Apesar de a função da comunicação corporativa ser de zelar pela imagem de corporações ou de marcas, Milanesi lembra que ela não conserta erros. “Não adianta praticar ações equivocadas e pensar que a comunicação vai consertar”, afirma.

Fases da premiação

Para concorrentes que apresentarão experiências de comunicação, tudo começa com as inscrições. Na próxima etapa, o LIMC e o júri (composto por, no mínimo, cinco professores da USP) verificarão se os materiais inscritos estão de acordo com o regulamento. Por fim, esse júri atribuirá notas aos trabalhos.

A escolha da personalidade homenageada começa em agosto, quando os vencedores da categoria em outros anos e um representante da ECA indicarão 10 nomes para concorrer. Após consulta aos indicados sobre o interesse no prêmio, um colégio eleitoral de no mínimo vinte profissionais de comunicação corporativa votará nos nomes apresentados.

Em ambas as categorias, os cinco finalistas serão apresentados no dia 1º de outubro. Vencedores serão conhecidos apenas na solenidade de premiação – que ocorrerá até 30 novembro, segundo o regulamento.

Mercado e universidade

Milanesi conta que o Prêmio surgiu em 2001, por sugestão de um ex-aluno da ECA, Carlos Eduardo Silva, que, na época, era diretor-adjunto do jornal “Valor Econômico”. Isso rendeu, até 2003, parceria para realização do evento. “O jornal cobria as despesas e cedia seu auditório”, diz Milanesi.

Quando a ECA se tornou a única organizadora, os custos do prêmio (o troféu e o buffet, conforme detalhou Milanesi) passaram para um fundo mantido por empresas apoiadoras – como Eletropaulo, Alcatel, Bankboston, Embraer, Fiat, Itaú, McDonald’s, Microsoft, Natura, O Boticário, Odebrecht, Renault, Santander Banespa, Siemens, Souza Cruz, Suzano, Telefônica e Vivo. A figura do patrocinador no modelo clássico não existe, segundo Milanesi, para não comprometer a isenção das avaliações.

Para Milanesi, os resultados da premiação traduzem a relação entre a ECA e o mercado. “É o principal prêmio do país e as solenidades de entrega tornaram-se reuniões de ex-alunos nossos, muitos finalistas”, diz. O diretor acrescenta que a concorrência de altíssimo nível não estimula participação massiva. “Por ano, há entre 20 e 30 campanhas inscritas, principalmente de grandes empresas”.

Palavra de vencedor

Em 2006, a campanha premiada foi da equipe de comunicação da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), coordenada por Luiz Henrique Michalik, e a carreira homenageada, a de Rodolfo Guttilla, diretor de assuntos corporativos da Natura. Ambos concordam que o atual mercado de comunicação pede profissionais generalistas, capazes de compreender a comunicação como um todo. “O setor está cada vez mais restrito, quem souber apenas jornalismo ou publicidade, por exemplo, não vai crescer”, afirma Michalick.

Para Guttilla, a atual configuração do mercado de comunicação no Brasil é recente, começou na década de 1980, com a abertura política e, depois, a econômica. “Num regime aberto, a economia e as empresas sofrem mais pressão social”, diz o comunicador, acompanhando um raciocínio de Michalik: “apenas as técnicas de comunicação não bastam, porque a sociedade evolui e é preciso compreender as mudanças”.

Serviço

Para mais informações sobre o Prêmio e como realizar inscrições, acesse o site oficial do evento.

Da USP Online