Preços da agropecuária fecham mês em queda de 0,82%

Após alta no mês anterior, índice voltou a cair, acumulando queda de 3,97% no ano

dom, 07/10/2007 - 13h25 | Do Portal do Governo

O Índice Quadrissemanal de Preços Recebidos pela Agropecuária Paulista (IqPR) caiu 0,82% no encerramento de setembro, conforme os pesquisadores do Instituto de Economia Agrícola (IEA) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. Para os produtos de origem vegetal (IqPR-V) houve alta de 1,12%; para os de origem animal (IqPR-A), recuo de 4,82%.

O resultado contribuiu para a redução da pressão sobre o índice de inflação geral do País no item alimentação, já que o peso desses produtos no cálculo do índice tem importância significativa.

O índice acumulado do IqPR, depois da alta no mês passado, voltou a cair, acumulando queda de 3,97% em relação ao mês base (dezembro/2006). O IqPR-V, apesar da alta verificada neste mês, acumula perdas de 16,29%. O IqPR-A, embora tenha apresentado recuo, registra ganhos de 24,66%.

Quando a cana-de-açúcar é excluída do cálculo do IqPR, sua variação fica positiva em 0,01% (praticamente estável) e a do IqPR-V vai para 4,70%, influenciadas principalmente pelas altas da banana nanica (29,26%), do milho (26,61%), soja (12,21%) e trigo (16,68%).

A elevação nas cotações do milho é resultado do bom desempenho das exportações, o que reduz a disponibilidade interna. No caso do trigo, a demanda aquecida reflete nos preços, enquanto a banana passa pelo período da entressafra.

Os produtos que apresentaram queda de preços foram laranja para indústria (11,54%), ovos (10,09%), carne de frango (8,32%), carne bovina (4,69%), tomate para mesa (4,44%), laranja para mesa (3,32%), cana (2,45%) e batata (1,94%).

No caso da laranja para indústria, a queda decorre do período de safra, apesar da recuperação no preço posto na indústria verificada nas últimas semanas. Quanto aos ovos, à carne de frango e carne bovina, houve ligeira retração das vendas no varejo, devido ao alto preço praticado que reflete nos preços pagos aos produtores. Já a cana vive baixa nos preços dos produtos finais (açúcar e álcool) que compõem o valor pago pela matéria-prima.

Com informações da Assessoria de Imprensa do IEA

Euzi Dognani e Adriana Rota

Da Secretaria de Agricultura e Abastecimento

(L.M.)