Pesquisa avalia uso da PrEP injetável para prevenir contágio do HIV

Voluntários para os estudos podem se cadastrar junto ao Centro de Referência e Treinamento DST/AIDS-SP, na capital

seg, 15/07/2019 - 8h27 | Do Portal do Governo

O Centro de Referência e Treinamento DST/AIDS-SP, vinculado à Secretaria de Estado da Saúde, está buscando voluntários para uma pesquisa que estuda a viabilidade de uso da PrEP Injetável (Profilaxia Pré-Exposição) como ferramenta de prevenção para o contágio do vírus HIV, causador da Aids.

O Sistema Único de Saúde (SUS) já oferece a PrEP oral, um comprimido que garante a imunidade ao contágio em caso de relações sexuais sem preservativos. Mas o tratamento exige regularidade no uso e tem como efeito colateral problemas nos rins. A modalidade injetável, que permitiria a imunização com aplicações a cada dois meses, ainda está em pesquisas justamente para verificação de tais efeitos.

“Tomar um comprimido todos os dias pode ser um desafio para algumas pessoas, pela instabilidade de rotina ou por querer ocultar da família, por exemplo. A ciência da prevenção ao HIV caminhará para uma diversificação tal como ocorreu, no passado, com os anticoncepcionais, que existem em diferentes formulações: orais, injetáveis, implantes e outras”, afirma o infectologista do CRT DST/Aids José Valdez Madruga.

Homens cisgêneros gays e bissexuais, mulheres trans e travestis maiores de 18 anos podem participar da pesquisa, desde que não sejam soropositivas, ou seja, já tenham sido infectados pelo HIV.

Informações

Os interessados devem procurar o CRT/Aids, localizado na Rua Santa Cruz, 81 – Vila Mariana – São Paulo (próximo ao Metrô Santa Cruz). Os interessados podem obter mais informações pelo site da iniciativa.

De acordo com o CRT/Aids, a melhor modalidade de prevenção continua sendo o uso do preservativo, pois, além do contágio do HIV, ele ainda impede outras doenças sexualmente transmissíveis e previne também a gravidez indesejada. A distribuição da PrEP oral também segue inalterada.

“A meta é facilitar o acesso à prevenção daqueles que estão vulneráveis ao HIV. Um comprimido diário é suficiente. Além disso, precisamos destacar a importância da adesão às demais estratégias de prevenção combinada, que incluem o uso de preservativos, a Profilaxia Pós-Exposição ao HIV (PEP), o tratamento das Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST), para destacar alguns exemplos”, afirma Artur Kalichman, coordenador do Programa Estadual DST/Aids-SP.