Parceria com prefeitura garante abrigo a animais abandonados em Taubaté

Iniciativa prevê remição de pena a reeducandos do regime semiaberto que cuidem de cães e gatos em situação de rua

qua, 16/05/2018 - 10h53 | Do Portal do Governo

Por meio da Secretaria da Administração Penitenciária, o Governo do Estado firmou um convênio para garantir abrigo e cuidado para cães e gatos de Taubaté, no Vale do Paraíba, além de oferecer oportunidade de trabalho e remição de pena para reeducandos do regime semiaberto. Assinado em 8 de maio, o acordo beneficia cerca de 200 animais domésticos em situação de rua na cidade.

Segundo a proposta, serão construídos um canil na Penitenciária I “Tarcizo Leonce Pinheiro Cintra”, de Tremembé, e um gatil no Centro de Detenção Provisória “Dr. Félix Nobre de Campos”, localizado em Taubaté. A iniciativa é uma parceria entre a pasta, a 1ª Vara de Execuções Criminais (VEC) da Comarca de Taubaté, o Conselho da Comunidade de Taubaté e a prefeitura.

“Formamos alianças com instituições sérias para abraçar uma causa importante à sociedade”, ressalta o secretário de Estado da Administração Penitenciária, Lourival Gomes. “O projeto suprirá a carência afetiva dos presos e, ao mesmo tempo, proporcionará bons tratos aos animais”, acrescenta.

Instalações

Os espaços contarão com ambientes coletivos e individuais, com solário, sala de vacinação e de banho. As instalações serão construídas na área externa das unidades prisionais, com acesso à sociedade. Vale destacar que cães e gatos serão vacinados, vermifugados, castrados e estarão disponíveis para adoção.

Custeada pelo município de Taubaté, obra terá investimento de R$ 200 mil. Ao todo, dez reeducandos da Penitenciária I e do Centro de Progressão Penitenciária “Dr. Edgar Magalhães Noronha”, de Tremembé, serão empregados na construção. Posteriormente, será definida a quantidade de detentos que receberão capacitação e atuarão no manejo dos animais.

Ressocialização

Na avaliação da juíza Sueli Zeraik de Oliveira Armani, corregedora da 1ª VEC de Taubaté, a ideia surgiu com o objetivo de diminuir o número de cães e gatos em estado de abandono na região, o que sobrecarrega o Centro de Zoonoses local.

A magistrada considera que os resultados serão positivos na ressocialização dos detentos, pois o manejo desenvolve o senso de responsabilidade, e na vida dos bichos envolvidos no processo, que recebem carinho nos abrigos.

“O amor é a tônica dos animais e a troca energética com presos é importante no desenvolvimento da afetividade, além de possibilitar a capacitação dos sentenciados, que, por meio de parcerias, podem aprender técnicas de banho e tosa”, explica Sueli Zeraik de Oliveira Armani.