Museu do Futebol tem programação sobre mulheres no esporte

Na próxima semana, no dia 19 de março, acontecerá o primeiro encontro de uma série de debates intitulada “As Conquistas Delas”

ter, 12/03/2019 - 19h21 | Do Portal do Governo

O futebol no Brasil começou nos idos de 1894, nos pés de homens como Charles Miller. Em poucas décadas, o esporte conquistou multidões de homens e mulheres – mas estas foram proibidas por lei de jogarem a partir de 1941. O futebol feminino no País só foi regulamentado em 1983, quatro anos após o fim do decreto-lei que as proibiram.

Tanto tempo de proibição e falta de incentivo quase nos fez acreditar que futebol não é coisa de mulher, não acham? Porém, os tempos mudaram e há quem diga que o futuro é feminino. É do futebol feminino.

Igualdade

De acordo com os gestores do Museu do Futebol, o futuro deve ser de plena igualdade de condições e direitos entre homens e mulheres no esporte. Deve ser de menos discriminação contra negros, índios, LGBTs, mulheres e pobres. Por isso, a instituição busca sempre ampliar o acervo com múltiplas vozes e referências que fazem do futebol símbolo de paixão e resistência.

O museu se orgulha de ser hoje a “Casa do Futebol Feminino”, nome atribuído pelas atletas, jornalistas, torcedoras, árbitras e tantas outras entusiastas da modalidade, que confiaram ao espaço a missão de registrar e recontar suas histórias.

Na próxima terça-feira (19), acontecerá o primeiro de uma série de debates no ano, intitulado “As Conquistas Delas”, que reunirá protagonistas da história feminina para refletir sobre o que conquistamos e o que ainda falta fazer para mudar a história.

Competição

Em ano de Copa do Mundo Feminina da FIFA, o Museu do Futebol destaca a competição e convidam para um bate papo duas atletas que defenderam a seleção brasileira feminina de futebol: Cristiane Rozeira e Roseli de Belo, além do ex-técnico da seleção brasileira feminina Renê Simões, para que o público conheça a história de resistência do futebol feminino no Brasil, sob a perspectiva de quem vivenciou esse processo.

O evento também tem como missão inspirar outras meninas e mulheres que queiram acompanhar e se inserir de alguma forma no esporte em um mês tão simbólico. Para maio, o museu promete uma nova exposição temporária para que ninguém mais diga que futebol e mulheres não combinam.