Mortalidade por Aids atinge menor nível dos últimos 20 anos em SP

Dados são do novo boletim epidemiológico sobre a epidemia produzido pela Secretaria da Saúde

ter, 30/11/2010 - 18h00 | Do Portal do Governo

A mortalidade por Aids no Estado de São Paulo atingiu o menor nível em 20 anos. É o que aponta o mais novo boletim epidemiológico sobre a epidemia produzido pela Secretaria da Saúde, com base nos dados da Fundação Seade.

Em 2009 houve 7,8 óbitos por 100 mil habitantes em todo o Estado. Este índice só havia sido menor em 1989, época que a doença estava em pleno avanço, com 5,5 mortes por 100 mil habitantes. A pior taxa, de 22,9, foi registrada em 1995.

No ano passado ocorreram 3.230 mortes por Aids no Estado, contra 3.356 em 2008. O índice de mortalidade entre homens nesse período de um ano caiu de 11,1 óbitos por 100 mil habitantes para 10,5, enquanto o de mulheres passou de 5,4 para 5,2.

“Esta redução se deve a uma série de fatores, em especial à introdução das novas terapias antirretrovirais de resgate nos últimos dois anos e ao incentivo ao diagnóstico precoce de HIV por intermédio das campanhas de testagem gratuita”, explica Maria Clara Gianna,  coordenadora do Programa Estadual DST/Aids.

O número de novos casos de HIV em 2009 foi de 4.727, contra 6.573 em 2008 e 6.378 em 2007. O dado de casos novos de 2009, entretanto, ainda é preliminar e poderá sofrer alterações.

O levantamento da Secretaria apontou, ainda, aumento da transmissão de HIV/Aids entre homossexuais masculinos. Em 2009 foram 802 casos, contra 871 em 2008 e 776 no ano anterior.

Desde 1980, entre os 120.927 casos de Aids notificados em homens, 34.055, ou 28,2%, ocorreram em homens que fazem sexo com homens. Mas na última década a participação proporcional de casos registrados nesse grupo entre o total de casos em homens cresceu de 24,1% em 2000 para 35,3% no ano passado.

“Os dados apontam para a necessidade de discutir e compreender melhor os contextos de vulnerabilidade e expandir as estratégias de prevenção da infecção pelo HIV entre gays e homens que fazem sexo com homens”, afirma Artur Kalichman, coordenador-adjunto do Programa Estadual de DST/Aids-SP.

Da Secretaria da Saúde