Uma parte do encontro desta quinta-feira (22) foi realizada no Palácio dos Bandeirantes, na capital
Evento tem organização do Acervo Artístico-Cultural dos Palácios do Governo do Estado de São Paulo
Especialistas debatem vários assuntos no evento, por meio de três mesas temáticas e um workshop
O XII Encontro Brasileiro de Palácios, Museus-Casas e Casas Históricas é realizado em território paulista nesta quinta (22) e sexta-feira (23). Vale destacar que o evento tem organização do Acervo Artístico-Cultural dos Palácios do Governo do Estado de São Paulo.
Neste ano, a iniciativa aborda o tema “Coleções em destaque”, com atividades em três locais. Nesta quinta-feira (22), as ações ocorrem no Palácio dos Bandeirantes e na Fundação Ema Klabin, na capital paulista. No dia seguinte, os participantes seguem para o Palácio Boa Vista (em Campos do Jordão).
Por meio de três mesas temáticas e um workshop, os profissionais discutem assuntos como o papel da curadoria na proteção das coleções, museus, patrimônio cultural e coleções visitáveis, entre outros. “Encontros como este, promovido pelo Governo do Estado, são referência nacional e internacional. Uma administração responsável se preocupa com a cultura”, salienta Ana Cristina Carvalho, curadora do Acervo Artístico-Cultural dos Palácios do Governo.
“As iniciativas são essenciais para refletirmos sobre as melhores práticas para preservar coleções e a busca de melhores usos para o patrimônio. Hoje em dia, o modelo das instituições da área tem foco no visitante, e não nas coleções”, acrescenta a curadora.
Identidades
Um dos debates desta quinta-feira (22) contou com a participação do presidente do Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado (Condephaat), Carlos Augusto Mattei Faggin. “Quero destacar que vejo mais identidades do que divergências entre os convidados do evento. Devemos destacar que os bens tombados não representam um engessamento nas ações das instituições”, ressalta.
“O encontro é importante, uma vez que há muitos problemas em comum. Trata-se de um desafio estabelecer parcerias em diversos níveis para que a ação cultural alimente o interesse pelos nossos acervos. Sempre há um modo de equacionar as questões”, enfatiza Marcelo Tápia, diretor das Casas Guilherme de Almeida, Mário de Andrade e Casa das Rosas.
Memória
Em 2018, são celebrados os 200 anos de museus no Brasil, com destaque para os palácios, museus-casas e casas históricas, grandes mediadores das relações com os visitantes e verdadeiros elos da memória. “Os acervos inchados poderiam englobar conjuntos para a ida a museus de menor porte no território nacional. Contudo, ações como essa demandariam estudos”, sugere Maria Alice Milliet, curadora da Casa do Pinhal, em São Carlos, no interior paulista.
Além disso, a edição deste ano propõe a análise dos processos de transformação dos palácios e casas históricas em museus, com foco nos acervos, tipologias e desafios da preservação. É importante frisar que os palácios e casas históricas têm o objetivo de lidar com os procedimentos de transformação do espaço privado em público e a articulação entre as coleções, os edifícios históricos e os personagens que viveram nos espaços.
