Governador Serra foi acompanhado pelo Secretário de Segurança Pública, Ronaldo Marzagão r pelo o Secretário de Justiça e Defesa da Cidadania, Luiz Antônio Marrey
Profissionais trabalham até 30 horas com o objetivo de diminuir a angústia dos familiares
Serra conheceu de perto trabalho dos profissionais do IML
Governador conversou com jornalistas na saída do IML
Pela terceira vez nos últimos dez dias, o governador José Serra esteve reunido com parentes e amigos das vítimas do acidente com o Airbus-A320 da Tam. Desta vez, Serra encontrou os familiares no IML (Instituto Médico Legal), durante visita na noite desta sexta-feira, 27.
O governador de São Paulo foi acompanhar de perto o esforço dos legistas que permanecem trabalhando 24 horas na identificação dos corpos.Por trás da fachada amarela do prédio do IML Central, em Pinheiros, a batalha é intensa. Uma equipe de oitenta profissionais trabalha na identificação das vítimas do vôo 3054.
Muitos trabalham até 30 horas seguidas com o objetivo de diminuir a angústia dos familiares que aguardam, em um comitê montado no Instituto da Criança, do outro lado da rua, a notícia de que, enfim, poderão retirar o corpo de seu ente querido para prestar as últimas homenagens.É uma tarefa dificílima, mesmo para profissionais tarimbados, que já estiveram em ação em outras tragédias do gênero, como o acidente com o Folker 100, da própria TAM, que caiu igualmente nas imediações do aeroporto de Congonhas, em 1996, matando 99 pessoas. Ou, no mesmo ano, a queda do Lear Jet 25, prefixo PT-LSD, da empresa Madri Táxi Aéreo, que caiu no Parque Estadual da Serra da Cantareira, zona Norte da Capital, deixando nove vítimas fatais, entre as quais os cinco integrantes do grupo musical Mamonas Assassinas.
Médicos legistas, peritos, odontologistas, fotógrafos periciais, papiloscopistas, entre outros especialistas, enfrentam as condições singulares deste que já é considerado o maior acidente aéreo do país.
“Devido à intensidade do impacto físico e à exposição ao fogo intenso e por um tempo mais prolongado, as lesões das vítimas deste acidente são de maior monta do que as das vítimas com o Folker”, compara Carlos Alberto de Souza Coelho, diretor técnico do IML, que tem 33 anos de profissão e atuou nos dois acidentes de 1996. “O fogo é o maior inimigo dos legistas em um trabalho de identificação”. E no acidente da TAM, apesar dos esforços incessantes dos bombeiros, as labaredas persistiram por várias horas, expondo os corpos a uma temperatura que beirava os 1000° centígrados.
Mais um corpo
Segundo boletim divulgado pela Secretaria da Segurança Pública nesta sexta-feira, mais uma vítima foi identificada. Trata-se do corpo de Marcelo Peres Marthe. Com isso, sobe para 95 as vítimas identificadas do acidente envolvendo uma aeronave da empresa aérea TAM.
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Cleber Mata
