Francisco Morato e Franco da Rocha ganham novo sistema de abastecimento

Evento aconteceu nesta segunda, 21, no Reservatório de Água de Francisco Morato

seg, 21/01/2008 - 9h46 | Do Portal do Governo

Atualizada às 17h21

São Paulo investiu R$ 40 milhões em obras que colocarão fim ao racionamento no abastecimento de água em duas cidades da Região Metropolitana da Capital: Francisco Morato e Franco da Rocha. Com o montante, a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) duplicou a extensão da adutora entre os municípios de Caieiras e Francisco Morato, que recebeu também mais dois reservatórios na ETA (Estação de Tratamento de Água), com capacidade para armazenar 2,5 milhões de litros. O valor permitiu ainda que a empresa fizesse novas intervenções na rede de abastecimento das duas cidades. O governador José Serra inaugurou o novo sistema de abastecimento de água para os dois municípios nesta segunda-feira, 21.

O evento aconteceu no Reservatório de Água de Francisco Morato e contou com a presença da secretaria de Saneamento de Energia, Dilma Pena e do presidente da Sabesp, Gesner Oliveira. “A partir de hoje, começamos uma nova etapa que garantirá a regularização no abastecimento de água nessas duas cidades”, declarou o governador Serra ao mencionar o racionamento que existia até então.

“No conjunto, essas obras asseguram a infra-estrutura para a universalização do abastecimento de água em toda a região. Faltam ainda algumas bombas de pressão para que nenhuma área tenha rodízio de fornecimento de água. Então 15% da população poderá conviver com algum tipo de rodízio até julho. Mas depois disso, não haverá nenhuma restrição ao consumo de água”, compeltou a secretária estadual de Saneamento e Energia, Dilma Pena.

O presidente da Sabesp, Gesner Oliveira, informou que as obras têm um papel muito importante para a história da região. “Elas representam o fim do período do transtorno pelo qual passou por tanto tempo a população de Francisco Morato e parte da população de Franco da Rocha”, declarou Oliveira.

O racionamento, no caso de Francisco Morato, estava presente no cotidiano de 150 mil pessoas, cerca de 88% dos 170 mil habitantes. Na cidade, o sistema era feito de duas formas: os moradores da chamada zona Alta contavam com 24 horas de abastecimento ininterruptos. Por outro lado, tinham que aguardar mais dois dias para ver a água nas torneiras novamente. Já os moradores da zona Média, tinham direito a dois dias de água, porém com a interrupção automática no fornecimento no terceiro dia. A questão ganhou intensidade após a explosão demográfica vivida pelo município emancipado em março de 1965, à época com pouco mais de cinco mil habitantes.

Outro município da região que sofria com a falta de água é Franco de Rocha, hoje com 125 mil habitantes. Segundo a Sabesp, 40% da população, pouco mais de 50 mil habitantes, assistiam o corte no fornecimento no decorrer do dia. Nesse caso específico, a Sabesp espera até o final de julho que todos os habitantes de Francisco Morato possam contar com fornecimento de água 24 horas por dia. 

Outros investimentos

Além disso, há outros investimentos previstos para a região. Um dos exemplos, é o projeto para construção do sistema de tratamento de esgotos ETE (Estação de Tratamento de Esgotos) de Francisco Morato. De acordo com técnicos da Sabesp, após sua conclusão, 30% do esgoto hoje coletado será tratado.

A Sabesp também incluiu no cronograma de obras a aplicação de recursos na construção de 100 quilômetros de rede coletora de esgotos, o que representa um investimento em torno de R$ 10 milhões. A empresa tem como meta investir em todo o Estado R$ 5,87 bilhões em saneamento básico e ambiental. Deste montante, R$ 2,27 bilhões serão destinados para obras e melhorias nos sistemas de abastecimento de água.

Cleber Mata e Manoel Schlindwein