Estado terá 4 mil câmeras de segurança instaladas até a Copa de 2014

Número de equipamentos será ampliado para garantir a Segurança Pública da capital e do interior

qua, 06/04/2011 - 16h00 | Do Portal do Governo

A Polícia Militar pretende contar com 4 mil câmeras de monitoramento no Estado até a Copa do Mundo, em 2014. Atualmente, são 338, instaladas na capital, em Campos do Jordão e Aparecida do Norte, em um investimento de quase R$ 20 milhões por parte do Governo. A próxima cidade do interior onde será instalado o sistema de videomonitoramento da PM será Bauru. Na capital, os equipamentos estão espalhados por 272 pontos diferentes, onde há grande fluxo de pessoas, como o centro, proximidades de estádios de futebol e eventos, além de bairros da periferia.

Em Aparecida, existem 34 em locais escolhidos em conjunto com a prefeitura. O investimento chegou a R$ 2,47 milhões. Em Campos do Jordão, a PM destinou R$ 2,02 milhões para colocar em ação 32 câmeras. Essas duas cidades foram escolhidas em virtude da forte atração turística, em determinadas épocas do ano. Cada uma tem sua central própria de monitoramento.

Na capital, a central funciona numa sala do Centro de Operações da Polícia Militar (Copom). Ali trabalham 60 pessoas, 24 horas por dia, em três turnos de revezamento. A central permite que, quando percebido um crime ou a possibilidade de que isso possa ocorrer, os operadores das câmeras identificam o local e, após consulta aos bancos de dados criminais, despacham viaturas por via digital. A agilidade do videomonitoramento facilita a prisão em flagrante e a imagem pode ser usada como prova em investigações da Polícia Civil, Guarda Civil Metropolitana, companhias de tráfego e em trabalhos da prefeitura.

Câmera inteligente

O monitoramento na cidade de São Paulo começou em 2007 com número reduzido de câmeras e foi crescendo aos poucos. São dois tipos de equipamento, o fixo e o móvel. O primeiro, denominado “inteligente”, foca apenas um local e seu software está programado para emitir um sinal sonoro à central quando houver algum incidente. Por exemplo, uma câmera dessa, instalada em frente a uma agência de banco, vai avisar quando houver qualquer movimento anormal entre as pessoas, de acordo com sua programação. A mesma situação ocorre nos estádios de futebol. Perto da câmera fixa, há uma móvel, que se movimenta em ângulo de 360° e mostra os detalhes do incidente. Tudo isso é observado pelo operador no Copom, que solicita envio de viatura ao local.

O tenente Cleodato Moisés do Nascimento, porta-voz do Copom na capital,  explica que a móvel tem sistema de zoom que alcança até três quilômetros e identifica prédios e carros. Até 600 metros, é capaz de mostrar detalhes com nitidez, como pessoas, placa e modelo de carro. Em caso de crime, o operador consegue acompanhar, nesse raio de visão, a ação ou fuga do envolvido e orientar por meio de imagens a viatura que age no local.     

O local para colocação de câmera é escolhido entre os que apresentam alto índice de ocorrência policial. Em São Paulo, as áreas mais críticas são Praça da Sé, avenidas Giovanni Gronchi, Ibirapuera, Paulista com Brigadeiro, Jacu-Pêssego, São Miguel, Francisco Morato, Estrada de Itapecerica e arredores do Masp (na Paulista).

No ano passado, uma câmera da zona norte localizou uma passeata, em que os moradores atearam fogo em materiais colocados no meio da rua. Pelo vídeo, foi possível identificar e fotografar quem levou o sofá para queimar e as garrafas de álcool e ainda quem riscou o fósforo. Assim que a polícia chegou, identificou e prendeu, no meio da multidão, quatro pessoas flagradas pela central. “Quem estava lá não entendeu como foi possível reconhecer os culpados. Esse é o nosso segredo”, confidencia Moisés.

Em outra ocasião, a sala de vídeo monitorou por uma hora e meia a ação de drogados e traficantes na Praça da Sé. Pelo vídeo, o operador viu pontos em que a droga era guardada. De surpresa, policiais de bicicletas chegaram ao local, prenderam seis pessoas e foram direto aos locais onde a droga estava.  Há imagens que detectam ações das mais variadas, como motorista infrator, veículo roubado, briga, acidente de trânsito e outros acontecimentos no cotidiano de uma grande metrópole, como São Paulo. Cada operador da central monitora entre nove e 10 câmeras no vídeo em seu computador.

Da Agência Imprensa Oficial