“Nos trilhos da Memória e a Memória nos Trilhos”, projeto para expansão e revitalização do Museu Histórico de Ourinhos, coordenado por docentes do curso de Geografia da Universidade na cidade, foi um dos 12 aprovados, pelo programa de Políticas Públicas Vitae/Fapesp (Fundação de Apoio a Pesquisa de São Paulo), entre aproximadamente 200 concorrentes.
A proposta de levantamento, organização e digitalização dos documentos históricos foi contemplada com aporte de R$ 38 mil, na primeira fase, podendo chegar a R$ 300 mil, na segunda fase.
“Como forma de preservar a memória da história da cidade e facilitar o acesso do público à visitação e à pesquisa, buscamos resgatar a importância deste espaço para a construção da memória coletiva da comunidade, além de recontar a história da cidade e da região”, diz Fabiana Lopes da Cunha, docente do curso de Geografia, câmpus de Ourinhos, uma das responsáveis pela elaboração do projeto, em conjunto com os professores William Ribeiro da Silva e Lirian Melchior, e coordenação da professora Maria Inez Pinto, da Faculdade de Filosofia e Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH/USP).
Já foram catalogadas 1,5 mil peças do amplo acervo do Museu que possui fotos, documentos relacionados à história do município e à ferrovia, além de todos os exemplares do jornal A Voz do Povo, publicação histórica mais importante da cidade. Entre os objetos indígenas, Fabiana destaca uma “machadinha de sacrifício”, ainda sem datação, utilizada em rituais por tribos indígenas ainda sem identificação e datação.
Faz parte do projeto de revitalização a mudança do museu de uma das casas que antigamente serviam de moradia aos primeiros funcionários da Estrada de Ferro Sorocabana para a primeira estação ferroviária da cidade.
“Como o acervo é muito variado, a idéia é elaborar recortes temáticos, preparar exposições permanentes e temporárias em uma destas casas dos antigos ferroviários que se encontram completamente restaurados”, prevê a historiadora e docente da UNESP.
Para integrar a população às atividades do museu, o projeto prevê a implantação do programa Teatro no Trem com apresentações dentro da antiga estação ferroviária de peças teatrais e a elaboração de vídeos sobre a história dos pioneiros da cidade. Outra iniciativa prevista é o Café e Memória, que reunirá quinzenalmente idosos para contar e resgatar dados sobre objetos e fotografias do acervo. “Na fase final do projeto, vamos criar uma associação de amigos do museu de Ourinhos para contribui para a preservação do local”, informa Fabiana.
Da Unesp
