Dobradinha da Banda Sinfônica no Theatro São Pedro

Montagem apresenta duas óperas na mesma noite: “O Telefone” e “A Voz Humana”

sáb, 22/09/2007 - 14h07 | Do Portal do Governo

Para os apreciadores da arte e da música, a Banda Sinfônica do Estado de São Paulo sobe ao palco do Theatro São Pedro para apresentar duas óperas. A primeira apresentação foi na quinta-feira, 20. Outras duas acontecem nesta sábado e domingo, 22 e 23. Numa montagem inédita, os dois espetáculos serão apresentados ao público na mesma noite.

As óperas, O Telefone, do compositor italiano naturalizado norte-americano Gian Carlo Menotti, e A Voz Humana, com música do compositor e pianista francês Francis Poulenc, e com libreto do cineasta também francês Jean Cocteau, têm como elemento central “o telefone”.

Os espetáculos têm direção musical e regência do maestro Abel Rocha e direção cênica de Caetano Vilela. Como a primeira ópera, a de Menotti, será apresentada em inglês e, a segunda, de Poulenc, em francês, o palco terá um telão com legendas.

A Voz Humana narra a história de uma mulher, interpretada pela soprano Celine Imbert, que tenta se suicidar ao ouvir que o amante se casará com outra. Por telefone, aflita, a mulher tenta relembrar o amante das maravilhas que viveram no passado, mas a conversa é interrompida quando a ligação cai.

O Telefone mostra que a modernização causa ao mesmo tempo aproximação e distanciamento entre as pessoas. A ópera narra a tentativa de Ben, interpretado pelo barítono Leonardo Neiva, em pedir Lucy em casamento, vivenciada pela soprano Rosana Lamosa. A tentativa do pedido é sempre interrompida pelo telefone de Lucy, que toca incessantemente, até que Ben tem a idéia de ligar para a amada e fazer a tão esperada proposta.

O Telefone, feita inicialmente para a televisão em meados do século XX, tem traços tradicionais de uma ópera italiana, como abertura instrumental, números musicais e duetos. Já A Voz Humana, escrita no início do mesmo século, tem as características de uma trilha de cinema; são músicas francesas descritivas que apenas acompanham o enredo.

É a primeira vez que a Banda Sinfônica sobe ao palco com duas óperas seguidas. Abel Rocha diz que apesar de totalmente distintas musicalmente, ambas falam do mesmo tema, que para ele é muito atual: “quanto mais tecnologia na comunicação, mais afastados os indivíduos”.

Da Secretaria Estadual de Cultura

(I.P.)