Dobra atendimento a homens alcoólatras em SP

Número de pacientes em tratamento intensivo subiu 107% em dois anos

sex, 14/09/2007 - 10h31 | Do Portal do Governo

Levantamento realizado pela Secretaria de Estado da Saúde aponta que o número de homens submetidos a tratamento diário contra o alcoolismo dobrou entre os anos de 2004 e 2006 no Estado de São Paulo. Em 2004, 53.992 pacientes eram submetidos ao tratamento intensivo nos Centros de Atendimento Psicossocial (Caps). No ano passado, esse número saltou para 112.170 atendimentos.

O aumento no número de atendimento está ligado à realização de campanhas de conscientização sobre os males do álcool e à ampliação dos centros de tratamento públicos em todo o Estado.

Pacientes no estágio de tratamento intensivo têm um grau de comprometimento de sua vida social, financeira e familiar maior. Geralmente, nestes casos, a pessoa já perdeu os vínculos familiares e precisa de um acompanhamento maior
para se livrar do vício.

“É culturalmente aceitável que o homem faça uso de bebidas alcoólicas, mas é mais difícil para eles procurar tratamento.”, afirma Luizemir Lago, diretora do Centro de Referência de Álcool, Tabaco e Outras Drogas (Cratod)

Centros especializados

O Estado de São Paulo conta hoje com 43 Caps para álcool e outras drogas. Nove deles são na capital. Somente nos dois últimos anos foram criados 15 Caps para os paulistas. Sob responsabilidades dos municípios, os Caps podem ser procurados via Unidades Básicas de Saúde (UBSs), que encaminham os pacientes.

Além dos Caps, o Estado de São Paulo também oferece tratamento no Cratod. Localizado na região da Cracolândia, a unidade, premiada pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca), mantém atendimento multidisciplinar (equipe composta de médicos clínicos e psiquiatras, psicólogos, assistentes sociais
e enfermeiros) que acompanha desde a desintoxicação até o resgate da auto-estima.

O índice de reabilitação chega a 30%, o preconizado pela Organização Mundial de Saúde (OMS)_ cerca de 40% das pessoas atendidas são moradores de rua ou de albergues.

“Este resultados comprovam que o tratamento nos CAP´s funciona com maior eficiência e possibilita aos dependentes uma recuperação segura”, afirma Luizemir.

Secretaria de Estado da Saúde

(S.M.)