Cine Sabesp abre para o público nesta quarta

Espaço também será difusor da importância da educação ambiental ao mostrar o ciclo da água desde a captação até a sua devolução à natureza

qua, 16/06/2010 - 15h00 | Do Portal do Governo

A Companhia de Saneamento do Estado de São Paulo (Sabesp) inaugura nesta quarta-feira, 16, o Cine Sabesp. A companhia é a nova patrocinadora do espaço na rua Fradique Coutinho, 361, em Pinheiros. A sala começou a funcionar em 1959 como Cine Fiametta e, posteriormente, como Sala Cinemateca, quando tornou-se ponto de encontro de pessoas ligadas ao cinema e interessadas pelo assunto. O local tem 271 lugares, ar-condicionado, bilheteria informatizada, som dolby digital, acesso para deficientes e programação especializada.

O espaço também será destinado para divulgar a importância da educação ambiental, a exemplo do que a empresa já realiza na Estação do Conhecimento Sabesp, na estação Pinheiros da CPTM. Como lá, o Cine Sabesp trará, na sala de espera, telas de LCD de 22 polegadas que mostrarão, de forma simplificada, como a empresa faz a captação da água na natureza, seu tratamento e distribuição, depois a captação do esgoto, tratamento e devolução na natureza.

A sala ainda dará especial atenção à inclusão social, com realização de promoções para estudantes de escolas públicas, que poderão participar, dentro da programação especial do projeto Escola no Cinema, de sessões gratuitas mensais. Também haverá incentivo a projetos como Clube do Professor. Os funcionários da empresa pagarão meia-entrada em qualquer dia e sessão. Haverá, ainda, sessões especiais para o Projeto Família Sabesp, com programação infantil para filhos de funcionários; e programações especiais de filmes patrocinados pela Sabesp em horários alternativos.

O cinema também foi pensado para demonstrar o incentivo da Sabesp às produções do mercado cinematográfico paulista. No local próximo ao café, denominado i Cine, os frequentadores poderão utilizar óculos que simulam uma tela de 60 polegadas com os trailers dos filmes patrocinados pela empresa.

Outra preocupação foi interagir com o público e resgatar a história da sala de cinema: em dois computadores com tela touch, os frequentadores poderão assistir a depoimentos e também deixar sua mensagem – de até 15 segundos – sobre alguma experiência ou recordação que tenham da sala de cinema ou de filmes nela exibidos, desde a inauguração. Os depoimentos selecionados farão parte de um banco de história oral sobre o cinema que poderão ser vistos no local e pela internet.

Reconhecimento

“Ficamos felizes em ter a Sabesp coroando este compromisso de seguir estimulando as plateias com a assinatura de uma sala de cinema: o Cine Sabesp. Agora a sinergia Sabesp-Cinema é total!”, afirma Leon Cakoff, idealizador da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo e sócio do Circuito Cinearte, juntamente com Adhemar Oliveira, Renata de Almeida e Patrícia Durães.

“A Sabesp destaca-se com o seu nobre compromisso de investir no fomento cinematográfico paulista. É a marca que garante a presença e o destaque do cinema de São Paulo no Brasil e no mundo”, complementa Renata de Almeida, também diretora da Mostra Internacional de São Paulo.

“Sou grato pelo generoso patrocínio da Sabesp, que propiciou, majoritariamente, a execução do filme “Meninos de Kichute”, afirma o cineasta Luca Amberg, cujo filme será exibido em sessão especial na abertura do Cine Sabesp. O longa entra em cartaz no fim de 2010.

Para Adhemar Oliveira, “ao assinar o patrocínio da tradicional sala de cinema da Rua Fradique Coutinho, a Sabesp reafirma o compromisso com a qualidade de vida da população paulistana e com a produção cultural do cinema, área em que é uma das maiores fomentadoras”. Ele também destaca a importância de o cinema ser na rua: “Cada sala de cinema de rua preservada é uma garantia de preservação urbana, ao mesmo tempo que contribui para a diversidade cultural de nossa gente”, finaliza.

Atualmente, existem cerca de 50 filmes com patrocínio da Sabesp em fase de produção e finalização, prestes a serem lançados no circuito comercial.

História

O espaço do Cine Sabesp já faz parte da história do bairro de Pinheiros e imediações. Inaugurada em 1959, a sala já teve outros nomes e patrocinadores. Naquele ano, era conhecido como Cine Fiametta. Nos anos 80 foi arrendado e alugado pela Companhia Cinematográfica Franco-Brasileira. Em seguida ganhou o nome de Sala Cinemateca e exibiu uma cópia raríssima de Joana d’Arc (1929), de Carl T. Dreyer. Nos anos 90, se tornou ponto de encontro de pessoas ligadas ao cinema e interessadas pelo assunto. A partir de 2000, tornou-se sala dos provedores de internet, servindo como vitrine para importantes festivais e mostras de cinema. O último nome da sala foi Cinema da Vila.

O filme

“Meninos de Kichute” – filme realizado com o patrocínio da Sabesp e escolhido pela empresa para a sessão especial de abertura do Cine Sabesp – é uma história de ficção, mas poderia ser a representação da infância de muita gente. Quem nasceu entre o final dos anos 60 e 70 e brincou na rua, jogou bola, bateu figurinha, usou kichute, andou com a sua turminha aprontando pelo bairro deve se ver um pouco através das aventuras do protagonista Beto.

Apesar de a trama se passar nos anos 70, período da ditadura militar e do milagre econômico, os jovens protagonistas querem mesmo é aproveitar a infância, bater uma bola sempre que possível e aproveitar a liberdade desafiadora e emocionante dessa fase da vida.

Beto (Lucas Alexandre) é o filho do meio; Rosa (Mayara Comunale) é sua irmã mais velha – e também uma boa amiga – e Ismael (Vinícius Azar Damas) é o caçula. Os três vivem com os pais, Lázaro e Maria (Werner Schünemann e Vivianne Pasmanter, respectivamente). Trata-se de uma família simples, que vive sem grandes luxos mas de maneira bastante digna. 

A vida de Beto é típica de qualquer garoto de sua idade: ida à escola, brincadeira com os amigos, travessuras repreendidas pelo pai, cumplicidade com a irmã. Mas Beto tem também um problema a resolver: lidar com um pai extremamente autoritário e machista, cuja fé não permite competição, contrapondo o sonho do filho em se tornar goleiro.

Mesmo assim, Beto insiste em jogar bola. Continua indo ao campinho. Mais do que isso, monta o clubinho “meninos de kichute”, com seus amigos. Dona Leonor (Arlete Salles) é uma simpática vizinha que apóia o garoto e chega a lhe dar um par novo de kichutes. (chuteiras) Um “olheiro” estará por perto e Beto aposta nessa chance, afinal, ele quer ser “o goleiro da Seleção Brasileira!”.

Meninos de Kichute é baseado em livro homônimo, escrito por Marcio Américo, que co-assina o roteiro. Haverá relançamento da obra na ocasião do lançamento do filme.

Da Sabesp