“Alguém desaparece ou é encontrado sem identificação – o que fazer?”

Cartilha da Comissão Paulista das Crianças Desaparecidas orienta como prevenir o desaparecimento e como agir diante de um caso real

qui, 16/08/2018 - 11h28 | Do Portal do Governo

Quando um ente ou amigo querido desaparece, é preciso tomar decisões rápidas e pedir ajuda a quem entende. Pensando nisso, a Comissão Paulista das Crianças Desaparecidas lançou, em 2017, a cartilha “Alguém desaparece ou é encontrado sem identificação – o que fazer?”.

A publicação – clique aqui – orienta o cidadão de forma didática. Confira abaixo algumas dicas:

Se você é o pai ou responsável pela criança ou adolescente
Ao perceber o desaparecimento, ligue para o 190 da Polícia Militar, descrevendo as características da criança ou adolescente e o local onde ocorreu o fato. Na sequência, registre um Boletim de Ocorrência na Delegacia de Polícia Civil mais próxima ou pela Internet (clique aqui para saber como). Leve fotos atualizadas e o maior número de dados sobre a criança desaparecida.

Antes de fazer a comunicação, é importante você ter procurado a pessoa desaparecida no trabalho (se for o caso), casa de amigos, hospitais e Instituto Médico Legal (IML).

Ao registrar o Boletim de Ocorrência na delegacia, é importante fornecer todos os seus telefones para contato, pois nenhum boletim referente ao desaparecimento de pessoa é emitido sem a entrevista telefônica feita por um policial com o requerente. Se o RG do desaparecido for emitido pelo Estado de São Paulo, ele será bloqueado.

Para ajudar a localização, encaminhe à Delegacia de Pessoas Desaparecidas uma fotografia para ser publicada no site da Delegacia de Pessoas Desaparecidas. A foto pode ser entregue pessoalmente, pela Internet ou pelo e-mail pessoasdesaparecidas@ssp.sp.gov.br.

Em caso de reaparecimento da pessoa, é necessário obrigatoriamente comunicar o encontro à Delegacia Eletrônica, na opção “Encontro de Pessoa”, ou no Distrito mais próximo, para que o RG do desaparecido seja desbloqueado e a foto seja retirada.

Como prevenir
Oriente a criança e o adolescente: a não aceitar presentes nem caronas de estranhos ou de pessoas que elas não conheçam bem; rejeitar doces, dinheiro, presentes e convites de estranhos; nunca falar ou responder a quaisquer perguntas que estranhos façam (mesmo se eles souberem seu nome); recusar ser levado por pessoas que não se conheça bem, mesmo se tiver perdido o ônibus ou estiver atrasado para ir ou retornar da escola; e comunicar atitudes suspeitas aos pais ou outro adulto de confiança. Nessas situações, se aconselha tentar lembrar a aparência da pessoa, a cor e, se possível, o número da placa do carro.

É importante que a criança e o adolescente carregue consigo o endereço e número de telefone, incluindo o código de área (prefixo) e que ele saiba fornecer o endereço e o número de telefone do local onde um dos pais possa ser encontrado.

Orientação de adolescentes
Oriente o adolescente a ter em mãos o endereço e telefone da sua casa; o endereço e telefone de onde encontrar os pais ou responsáveis; a ligar imediatamente para o 190 da Polícia Militar qualquer movimento suspeito de pessoas estranhas; a não manter contato via internet com qualquer pessoa estranha ou fornecer informações sobre o cotidiano, endereço e telefone; a não marcar encontros em locais isolados pela internet.

Clique aqui para ter acesso ao conteúdo completo da cartilha.

A Comissão
Instituída pelo decreto 58.074 em 25 de maio de 2012, a Comissão Paulista das Crianças Desaparecidas vem promovendo ações como a capacitação de agentes públicos, palestras com professores da rede estadual de ensino, anúncio com fotos de desaparecidos no verso das contas de água da Sabesp e dos comprovantes dos pedágios, criando adesivos, folders, participando de comissões na Assembleia Legislativa, elaborando workshops, congressos e programas. Essas iniciativas têm por objetivo, facilitar o registro, documentação e identificação de crianças e adolescentes desaparecidos no Estado de São Paulo.

Desde 2014 o programa São Paulo em busca das crianças e adolescentes desaparecidos conta com um banco de dados exclusivo para as pessoas desaparecidas no Estado de São Paulo.