Marilza Trevizoli é a criadora da oficina de tricô no Poupatempo São José dos Campos
Todos os anos os grupos se unem para produzir peças para a campanha do agasalho
Aos seis anos de idade, Marilza de Figueiredo Trevizoli aprendeu a fazer crochê. Anos depois, aprendeu também a fazer tricô, habilidade que a motivou a ensinar outras pessoas e a criar uma oficina de tricô no Poupatempo São José dos Campos, onde trabalha há 18 anos.
A oficina nasceu em 2005 e todos os anos mobiliza dezenas de voluntários da Campanha do Agasalho. “É um hobby que tem muito a ver com o trabalho no Poupatempo, pois exige concentração, paciência e dedicação”, comenta Marilza. “Sempre tricoto em casa, a noite, e gosto muito de dar presentes que eu mesma faço”, conta ela, que recebe encomendas de peças das irmãs e cunhadas para tricotar para os sobrinhos e sobrinhos-netos.
Ela conta que a ideia de criar a oficina de tricô surgiu ao observar uma funcionária que sempre chegava cedo e ficava tricotando na porta até a abertura do posto. Ela propôs a criação de grupos para trabalhar nos horários de folga e intervalos do almoço. Quem sabia tricotar ensinava quem quisesse aprender.
Um dos primeiros desafios foi a produção de quadradinhos de tricô em tamanho padrão para o Fundo Social de Solidariedade do Estado de São Paulo, para a produção de mantas e cachecóis. A partir de então, todos os anos os grupos se unem para produzir peças para a campanha do agasalho.
“É mais que uma doação, pois são peças produzidas com muito carinho e amor”, comenta Marilza. Desde 2005, mais de duas mil peças foram tricotadas para a Campanha do Agasalho. Nem todas são doadas diretamente para as instituições. Como são muito atraentes, as vezes são rifadas ou vendidas em bazares internos para arrecadar dinheiro para comprar mais lãs para aumentar a produção”, revela.
Este ano, a equipe de 33 voluntárias que participam das oficinas foi homenageada com a visita da presidente do Fundo Social de Solidariedade do Estado, professora Lúcia França. “Espero que vocês continuem sempre dando este magnífico exemplo de doar ao próximo para ajudar a transformar o mundo para melhor. Em uma sociedade tão desigual como a que vivemos, é muito bom ver que tem gente dando um exemplo tão positivo com tanto amor”, disse.
O Poupatempo São José dos Campos retribuiu a visita com flores, entregues pela funcionária Gislaine Cristina Ferreira, orientadora cega que se destaca pela simpatia e exemplo de superação. A primeira dama também recebeu um lenço azul dos supervisores do Poupatempo, entregue pela coordenadora da unidade, Cláudia Turzi Sepinho.
