Startup apoiada pela Fapesp cria sala de realidade virtual no Catavento

Por meio de óculos 3D, visitantes conhecem algumas das quase 30 espécies de dinossauros que habitaram várias regiões do Brasil

qui, 02/03/2017 - 10h03 | Do Portal do Governo

Sabia que a nova sala do Museu Catavento, a Dinos do Brasil, foi criada por uma startup apoiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp)?

Ao custo de R$ 720 mil, o projeto foi selecionado em 2016 pelo Programa Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE), mas os trabalhos começaram três anos antes. “Apresentamos o projeto ao Museu Catavento e começamos a buscar patrocinadores”, conta Keila Keiko, idealizadora e fundadora da start up VR Monkey. “No final de 2015, conseguimos obter o patrocínio da Intel e da Ambev por meio da Lei Rouanet. E, em 2016, o projeto foi selecionado pelo PIPE”, acrescenta.

Veja aqui a matéria e a videorreportagem sobre a Sala Dinos e o Museu Catavento.

Na Sala Dinos, os visitantes entram num ambiente de 100 metros quadrados onde assistem uma expedição pela pré-história por meio de realidade virtual. A viagem de 30 minutos, com óculos 3D de realidade virtual, apresenta algumas das quase 30 espécies de dinossauros que habitaram regiões do país ocupadas hoje pelos estados do Rio Grande do Sul, São Paulo, Paraíba, Ceará, Maranhão e Minas Gerais.

Os ambientes foram recriados digitalmente, além dos próprios animais. Também há simulação de como caminhavam, os sons que produziam e alguns comportamentos que apresentavam, como o de predação e “furto” de ovos.

Para dar conta de tudo isso, os idealizadores tiveram a consultoria de Luiz Eduardo Anelli, professor de paleontologia do Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo (IGC-USP). Autor de diversos livros sobre dinossauros do Brasil – um deles, para crianças, também intitulado “Dinos do Brasil” –, Anelli foi curador da exposição “Dinos na Oca e outros animais pré-históricos”, realizada em 2006, no Parque do Ibirapuera, em São Paulo, que registrou um dos maiores recordes de público entre as exposições realizadas no país.

Já a reconstrução dos dinossauros foi feita pelo paleoartista Rodolfo Nogueira. “A premissa da expedição virtual é que não tivesse nada sem fundamentação geológica e paleontológica”, afirma Anelli. “Tivemos a ajuda de um ótimo ilustrador, que desenhou os dinossauros com bastante conhecimento, o que facilitou bastante. Mas também levantamos muitos dados sobre relevo e vegetação dos ambientes nas épocas retratadas na exposição”, completa o especialista.