Silo de João Ramalho tem capacidade para armazenar 3 mil toneladas de soja
Alckmin inaugurou a instalação ao lado de produtores rurais da região
O conjunto reduzirá o custo do frete de R$ 2,50 por saca de soja para R$ 1
No total, silo pode armazenar 50 mil sacas de soja de 60 kg
Foram investidos R$ 1,15 bilhão, sendo R$ 800 mil do governo paulista, com recursos do Banco Mundial
Além de cortar gastos com logística, silo fortalece associação local
Governador inaugura instalação adquirida com recursos do Projeto de Desenvolvimento Rural Sustentável – Microbacias II
Produtores vão concentrar armazenamento e estabelecer padrão para os produtos
Um silo metálico para armazenamento de grãos foi inaugurado na cidade de João Ramalho nesta quarta-feira (5). Com capacidade de abrigar 3 mil toneladas de soja, a instalação vai beneficiar cerca de 20 produtores rurais da região.
O governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, e o secretário de Agricultura e Abastecimento, Arnaldo Jardim, participaram da inauguração na Associação dos Produtores Rurais de João Ramalho e destacaram a importância da iniciativa.
“Nós, com muita alegria, estamos integrando em João Ramalho o novo silo e a pesagem de caminhões, para a associação aqui de produtores”, anunciou Alckmin, antes de valorizar a diversidade de culturas na instalação.
“É importante diversificar a produção agrícola. A produção de feijão, de milho, de amendoim, de soja. Produção de grãos e armazenamento”, destacou. “Com o armazenamento você pode comercializar melhor o produto e melhorar a renda do produtor”, salientou o governador.
A instalação foi adquirida com recursos do Projeto de Desenvolvimento Rural Sustentável – Microbacias II – Acesso ao Mercado do Governo do Estado, que beneficiará cerca de 20 produtores rurais da região.
“O Microbacia II é renda! Como é que você melhora a renda do pequeno agricultor? Quem produz leite? Pasteuriza o leite e empacota, vende queijo? Você precisa agregar valor”, questionou Alckmin, antes de explicar a importância do silo.
“Quem produz verdura precisa de um galpão para limpar a verdura, precisa de embalagem… E, no caso aqui, é armazenamento para você ter, quando colher o produto, como armazenar, padronizar e estimular o associativismo. Não é para um agricultor: é para a associação de agricultores, é uma parceria”, comentou.
No total, foram investidos R$ 1.148.022,96, sendo R$ 800 mil apoiados pelo governo paulista por meio da Pasta agrícola, com recursos do Banco Mundial. E os R$ 348.022,96 restantes em contrapartida da entidade, com recursos do Fundo de Expansão do Agronegócio Paulista (Feap).
O sistema de armazenamento adquirido pela associação é composto por um silo com capacidade de armazenamento de 50 mil sacas de soja de 60 kg (3 mil toneladas). A instalação conta ainda com uma Balança Rodoviária com capacidade de 80 toneladas.
O conjunto reduzirá o custo do frete de R$ 2,50 por saca de soja para R$ 1. A unidade armazenadora proporcionará um ganho no preço de comercialização de R$ 2 a R$ 3 por saca de soja. Além da redução de custo, a instalação vai garantir a padronização do produto, o que contribui para o agricultor negociar preços melhores, fortalece o associativismo, gera renda e aumento na produtividade.
A associação fez uma proposta complementar para a instalação de alambrados e portão no local, que já foi aprovado. O valor da proposta é de R$ 65.500,00, sendo que R$ 38.247,00 serão aportados por meio do Projeto Microbacias II.
Iniciado em 2011, o Projeto Microbacias II – Acesso ao Mercado é um projeto do governo paulista implementado por duas de suas secretarias, a de Agricultura e Abastecimento, por intermédio da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati), e a do Meio Ambiente, via Coordenadoria de Biodiversidade e Recursos Naturais.
Nesses seis anos de funcionamento, o Projeto ajudou na superação de barreiras no campo. Homens e mulheres voltaram às propriedades rurais para garantir seu sustento e aprender a gerenciar o próprio negócio; tradições culturais foram mantidas; produtos agrícolas ganharam valor agregado; consumidores receberam alimentos de melhor qualidade; estradas rurais foram recuperadas; o meio ambiente foi preservado, dentre outros avanços.
