Segundo pesquisa, perfil de usuário do Bom Prato mudou com crise

Dados revelam que 94,63% dos frequentadores avaliaram o programa como bom e ótimo; feijoada é a campeã, mais uma vez

sex, 21/09/2018 - 15h46 | Do Portal do Governo

A última pesquisa de Perfil de Usuário do Programa Bom Prato do Estado de São Paulo foi divulgada pela Secretaria de Desenvolvimento Social do Estado de São Paulo (SEDS-SP). Os resultados mostram que, novamente, o programa teve avaliação positiva de 94,63% dos usuários.

Outro fato constatado é que o número de frequentadores desempregados aumentou de 15,73% para 22,58%, enquanto o número de trabalhadores com carteira assinada sofreu uma redução de 20,22% para 16,58%.

A pesquisa também revela que o número de frequentadores que ganham de 1 a 2 salários diminuiu de 46,9% para 29%; por outro lado, houve um incremento no número de frequentadores que ganham mais, como por exemplo, os que ganham de 2 a 3 salários (35,9%) e os que declaram renda de 3 a 5 salários (11,1%).

“Tendo em vista o contexto de recessão e altas taxas de desemprego, o programa de restaurantes populares Bom Prato, do governo do Estado de São Paulo, tem se consolidado como estratégia importante de apoio às famílias paulistas em momento de dificuldade”, analisou o Secretário do Desenvolvimento Social Gilberto Nascimento Jr. Ao todo, foram realizadas 1.479 entrevistas, sendo, em média, 28 em cada um dos restaurantes, no período compreendido entre janeiro a dezembro de 2017.

Gênero e escolaridade

Em relação à gênero, o público masculino é maioria – 61,23%  x 37,91% feminino. Houve ainda aumento acentuado de usuários entre 25 e 49 anos (de 27 para 41,45%) e com baixa escolaridade — um terço declaram ter ensino fundamental incompleto (30,13%). Os usuários com ensino médio incompleto foram os que apresentaram o maior crescimento passando de 7,31% em 2016 para 12,18% em 2017.

É expressiva a quantidade de pessoas que frequentam os restaurantes de 3 a 5 vezes na semana (74,61%), principalmente em função do valor e qualidade/sabor das refeições.

Em relação ao meio de transporte utilizado, quase metade (47,34%) vai andando até o Bom Prato, demonstrando que a proximidade é outro fator que influencia a frequência. Outros 41,11% vão de ônibus – isto é, consideram que vale a pena pegar uma condução para ter acesso a uma refeição de qualidade e com excelente custo-benefício.

Os frequentadores relataram ainda que, quando a refeição não é feita no Bom Prato, comem em casa e com um cardápio semelhante ao oferecido nas unidades. E quando questionados sobre o prato favorito servido nos restaurantes do programa, a feijoada é a campeã mais uma vez.

Sobre o Programa Bom Prato

Criado há 17 anos, a rede de restaurantes populares oferece alimentação balanceada e de qualidade (almoço e café da manhã) com foco na população de baixa renda, idosos e pessoas em situação de vulnerabilidade social.

No Estado de São Paulo, o Bom Prato é coordenado pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social e serve cerca de 90 mil refeições diariamente. Desde a inauguração em 2000, já serviu mais de 202 milhões de refeições e investiu mais de R$ 565 milhões no programa. São 54 unidades em funcionamento, sendo 22 localizadas na capital, nove na Grande São Paulo, seis no litoral e 17 no interior.

O almoço, com 1.200 calorias, custa R$ 1 e é composto por arroz, feijão, salada, legumes, um tipo de carne, farinha de mandioca, pãozinho, suco e sobremesa. O café da manhã por R$ 0,50, de 400 calorias em média, é oferecido leite com café, achocolatado ou iogurte, pão com margarina, requeijão ou frios e uma fruta da estação. Em setembro de 2011, o café da manhã foi implantado em todos os restaurantes.

Para mais informações e endereços, acesse: http://www.desenvolvimentosocial.sp.gov.br/portal.php/bomprato