Secretaria sedia oficina regional ‘Prisões Livres de Tuberculose’

Infecciosa e transmissível, doença representa desafio global no âmbito da saúde pública, sobretudo no sistema prisional

ter, 10/09/2019 - 20h27 | Do Portal do Governo

A equipe da Coordenadoria de Saúde da Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) promoveu a Oficina Regional do Projeto “Prisões Livres de Tuberculose”, nos dias 13, 14 e 15 de agosto. A doença é um desafio global em termos de saúde pública, sobretudo no sistema prisional, em que a adversidade se agrava devido às condições ambientais favoráveis à propagação da bactéria e às dificuldades de acesso à saúde.

A tuberculose é infecciosa e transmissível, e afeta prioritariamente os pulmões. Dezessete unidades prisionais do Estado foram selecionadas para participar do projeto, que tem como meta apoiar a reorganização dos fluxos de assistência à saúde para detectar e tratar a tuberculose precocemente na comunidade carcerária por meio da utilização de estratégias de comunicação e educação em saúde.

A oficina, realizada em São Paulo, na sede II da SAP, reuniu a equipe da Coordenadoria de Saúde, os coordenadores dos programas de Tuberculose e HIV da Secretaria da Saúde do Estado, além de representantes do Ministério da Saúde e da Fiocruz.

No evento, os participantes articularam metas e definiram estratégias para enfrentar a tuberculose no sistema prisional. Além disso, os grupos realizaram estudos de casos hipotéticos para reconhecimento de fluxos e procedimentos relacionados à doença.

Foram também apresentadas estratégias de comunicação e educação, como o teatro-fórum, método que utiliza a representação de situações e a discussão em grupo para resolução de conflitos, e os materiais da campanha de comunicação, como os cadernos de saúde com informações gerais sobre tuberculose e que são úteis no dia a dia dos profissionais.

“Nesses três dias, nós conseguimos entender a realidade das unidades da SAP. Como o estado tem uma divisão regionalizada entre os setores de saúde e sistema prisional, é preciso que o projeto seja articulado a fim de otimizar os fluxos de atendimento”, destaca Letícia Maranhão, coordenadora nacional do projeto.

“Os nossos profissionais de saúde já desenvolvem um excelente trabalho dentro das unidades prisionais, principalmente no que diz respeito ao Programa de Tuberculose. Esta oficina veio corroborar o desempenho desses profissionais, discutindo novas estratégias de vigilância e controle da doença dentro dos presídios”, afirma a Coordenadora de Saúde da SAP, Solange Pongelupi.