Governo de SP discute licitações de petróleo e gás no Estado

No Palácio dos Bandeirantes, Alckmin debateu oportunidades e impactos das três rodadas de licitações que a ANP irá realizar este ano

seg, 03/07/2017 - 20h39 | Do Portal do Governo

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) vai promover três rodadas de licitações de blocos de exploração e produção de petróleo e gás ainda este ano. O Estado de São Paulo terá duas áreas licitadas para exploração em outubro.

Em reunião nesta segunda-feira (3), no Palácio dos Bandeirantes, o governador Geraldo Alckmin debateu com o secretário de Energia e Mineração, João Carlos Meirelles, e o diretor-geral da ANP, Décio Oddone, as oportunidades e os impactos das licitações.

“Podemos arrecadar US$ 1,5 bilhão, com o que já temos contratado e está em andamento no Estado de São Paulo. Mas, com as novas rodadas podemos chegar a US$ 11 bilhões ao longo do período. Essas rodadas terão um impacto muito grande na geração de emprego, novas empresas e de uma cadeia produtiva completa. E vamos trabalhar também para que a Petrobrás reative o projeto do Centro de Tecnologia em Santos”, disse Alckmin.

Já o diretor-geral da ANP destacou também a importância do gás natural nas novas rodadas. “O gás natural poderá ter um aumento de 30 ou 40 milhões de metro cúbicos por dia, o que representa uma grande oportunidade para o estado e o país”, disse Oddone.

Na bacia de Santos serão ofertados 76 blocos exploratórios, sendo que 60 deles têm porções confrontantes ao Estado de São Paulo. Dos blocos paulistas, nove estão em águas profundas e 51 em águas rasas. “Os blocos em águas profundas estão em áreas praticamente virgens, sem nenhum esforço exploratório realizado até o momento. E que podem atingir camadas do pré-sal com o seu já reconhecido potencial”, explica o secretário Meirelles.

Além da bacia de Santos, os blocos de áreas marítimas estão localizados em Sergipe-Alagoas, Espírito Santo, Campos e Pelotas, já as bacias terrestres são da Parnaíba, Paraná, Potiguar, Recôncavo, Sergipe-Alagoas e Espírito Santo.

Já no dia 27 de outubro acontecerá a segunda rodada da partilha envolvendo áreas utilizáveis. Essas áreas são reservas contíguas aos campos já concedidos no pré-sal, que extrapolam os limites geográficos dos campos.

Nesta rodada serão ofertadas quatro áreas localizadas no pré-sal, sendo duas delas confrontantes ao Estado de São Paulo. A de Sapinhoá, principal campo de produção do Estado de São Paulo atualmente e, Carcará, operada pela norueguesa Statoil. Completam a lista Gato do Mato e Tartaruga Verde, ambas no Rio de Janeiro.

O governador convidou para participar da audiência os órgãos, agências e universidades que atuam no setor de petróleo e gás. O objetivo é alavancar as possibilidades de crescimento do setor no Estado, gerar emprego e aumentar a arrecadação de royalties.

Sobre a exploração de petróleo e gás em SP
São Paulo é o terceiro maior produtor de petróleo do Brasil. A produção média atual é de 455 mil barris de óleo equivalente por dia. O Estado tem quatro refinarias e juntas são capazes de processar mais de 927 mil barris de petróleo por dia. Toda essa produção exige uma extensa cadeia de fornecedores.

São Paulo conta com mais de 40% da indústria nacional de fabricantes de equipamentos e prestadores de serviços. Os royalties provenientes da produção petrolífera cresceram fortemente nos últimos 10 anos. Atualmente representa arrecadação anual de cerca de R$ 1 bilhão.