Com apresentação de obras de compositores consagrados e presença de convidados especiais, a Orquestra Sinfônica da USP (Osusp) fará, neste sábado (4), a partir das 21 horas, sua quinta apresentação na Sala São Paulo, de um total de oito previstas este ano no espaço.
Quem não puder comparecer ou quiser conhecer previamente o trabalho da Osusp, poderá conferir um ensaio aberto gratuito nesta sexta-feira (3), às 12h30, no Centro de Difusão Internacional da USP (CDI), na Cidade Universitária.
O repertório inclui três peças: Prélude à l’Après-midi d’un Faune, do impressionista francês Claude Debussy, Concerto para Fagote e Orquestra, do austríaco clássico Johann Nepomuk Humman, e Sinfonia Nº 1 em Si Bemol Maior Op.38, conhecida também como Primavera, do romântico alemão Robert Schumann.
No ano do centenário da morte de Debussy, a peça do francês, traduzida para o português como Prelúdio à Tarde de um Fauno, abre o espetáculo e reforça a grandiosidade do compositor. “É uma descrição poética de um sonho que Debussy teve, e é muito rica, porque ele é um compositor impressionista, então usa os timbres da orquestra de uma forma muito característica, poética e delicada”, conta Mayra Moraes, musicista e assessora da diretoria da Osusp.
Em seguida, entra no palco a obra de Humman. “Não tem muitos concertos escritos na história da música para fagote e esse é muito bem escrito, muito interessante do ponto de vista formal e estilístico”, comenta Mayra. O solo será realizado por Fábio Cury, diretor da Osusp e professor do Departamento de Música (CMU) da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP, convidado especialmente para a ocasião.
Assim como o sonho de Debussy, a história por trás de Primavera, de Schumann, também é curiosa. “Ele tinha o que hoje diagnosticamos como esquizofrenia. Em seus textos, conta desses personagens que viviam dentro dele, Eusébio e Florestano, que travavam uma constante luta pela sua atenção”, conta. A influência dessa característica marcante em suas obras é perceptível e as torna ainda mais interessantes.
Outro convidado especial é o regente uruguaio Nicolás Pasquet, que já trabalhou com a Osusp algumas vezes. “Ele é um maestro com o gestual muito preciso e faz as obras de uma forma muito interessante, viva. Exige dos músicos uma atenção de 150% a cada minuto”, diz Mayra.
O ensaio aberto no CDI, que traz algumas partes selecionadas do repertório, serve para que sejam feitos os últimos ajustes para os músicos e de conexão da Osusp com a comunidade. “São mais ou menos 50 minutos de música e cerca de 10 a 15 minutos de explicação, conversa, para justamente o público ir entrando na atmosfera das peças.”
O concerto da Orquestra Sinfônica da USP (Osusp) deste sábado (4), às 21 horas, na Sala São Paulo (Praça Júlio Prestes, 16, Campos Elíseos, em São Paulo), tem ingressos com preços entre R$ 30 e R$ 50. Eles podem ser adquiridos através deste link.
Já o ensaio aberto desta sexta-feira (3), às 12h30, no Centro de Difusão Internacional (CDI) da USP (Avenida Professor Lúcio Martins Rodrigues, 310, Cidade Universitária, em São Paulo), tem entrada gratuita. Mais informações estão disponíveis no site da Osusp.
