Reeducandos do CDP de Campinas participam de qualificação profissional

Programa de Educação para o Trabalho e Cidadania – ‘De Olho no Futuro’ promove entrega de certificados a 22 internos

qui, 21/06/2018 - 16h38 | Do Portal do Governo
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Iniciativa contribui para a inclusão social de pessoas em privação de liberdade

A primeira turma de reeducandos do Centro de Detenção Provisória (CDP) de Campinas recebeu, em 13 de junho, os certificados do Programa de Educação para o Trabalho e Cidadania (PET) – “De Olho no Futuro”. Ao todo, 22 internos participaram da iniciativa que integra a política pública da Secretaria da Administração Penitenciária (SAP), desenvolvida e aplicada pela Fundação “Prof. Dr. Manoel Pedro Pimentel” (Funap).

A solenidade ocorreu dentro de um dos pavilhões de habitação do CDP, espaço onde foram realizadas todas as aulas dos módulos do programa. Vale destacar que, diferentemente de outras estruturas construídas com espaços exclusivos para práticas educacionais, os CDPs atendem pessoas que ainda respondem seus processos e estão em trânsito no sistema prisional. Assim, certificações como essa são consideradas um avanço nos atendimentos do PET – “De Olho no Futuro”.

Durante a cerimônia, o diretor da unidade de Campinas, Ederson Nogueira Caires, parabenizou os reeducandos. “Agradeço, em primeiro lugar vocês, aos participantes do projeto, pelo comprometimento. Obrigado também à Funap pela parceria, tão importante para isso se concretizar”, comemora.

Já o diretor de Atendimento e Promoção Humana da Funap, Felipe Amaro dos Santos Neto, abordou o desafio de executar os módulos em um CDP. “Educação não é feita apenas com lousa, carteiras e cadernos. Ela acontece em qualquer lugar, desde que tenhamos pessoas engajadas. E são de pessoas assim que precisamos, principalmente neste momento difícil em que vivemos”, analisa o diretor.

Experiência

Após a entrega dos certificados, ocorreu um momento de reflexão durante a apresentação da coordenadora de projetos da Gerência Regional da Funap em Campinas, Larissa Rodrigues, que abordou a superação como instrumento fundamental na vida em sociedade.

As histórias ligadas à ressocialização oferecem boas perspectivas aos internos. Um dos exemplos éW. M., de 38 anos, que cumpre pena no CDP de Campinas há nove meses, dos quais sete foram como monitor preso da Funap para execução dos módulos do PET. Formado em psicopedagogia, ele chegou a trabalhar como educador antes da prisão, porém afirma que a experiência de lecionar no sistema penitenciário é diferente. “É totalmente novo para mim. Preciso lidar com um público muito diverso, em todos os sentidos, e isso é desafiador”, afirma.

A iniciativa contribui para a inclusão social de pessoas em privação de liberdade, por meio do desenvolvimento de competências que ampliem as possibilidades de inserção no mundo do trabalho, geração de renda e participação na sociedade. As atividades do programa têm o objetivo de promover a formação social e profissional do reeducando, além de ações culturais e artísticas.