Reeducandos de Tremembé concluem pintura de escola em Taubaté

Cento e setenta pessoas do Vale do Paraíba já participaram do projeto Escola + Bonita, que revitaliza unidades de ensino no Estado

ter, 28/05/2019 - 10h57 | Do Portal do Governo

A revitalização da escola municipal “Professora Judith Campista Cesar”, em Taubaté, foi finalizada. Os serviços de pintura e limpeza foram feitos pelos reeducandos em regime semiaberto do Centro de Progressão Penitenciária “Dr. Edgard Magalhães Noronha”, o CPP de Tremembé.

A ação faz parte do projeto Escola + Bonita, que oferece capacitação na área de pintura de prédios públicos aos sentenciados e, ao mesmo tempo, mantém limpas e pintadas as estruturas de ambientes escolares pintadas do Estado.

Ao todo, 170 homens e mulheres privados de liberdade do Vale do Paraíba já atuaram na pintura de sete escolas nas cidades de Pindamonhangaba, Potim, São José dos Campos, Taubaté e Tremembé.

“É uma excelente iniciativa para que o reeducando seja reinserido na sociedade”, afirma Lúcio Flávio Ferreira, diretor do Núcleo de Trabalho do CPP de Tremembé. “Para quem abraça a oportunidade oferecida pelo curso, as chances de conseguir um emprego na rua aumentam”, completa.

Já para Alexandre, de 35 anos, preso da unidade, a capacitação é importante para os projetos de vida longe do presídio. “Da última vez que tive o benefício da saída temporária, recebi o convite de amigos para trabalhar com pintura”, conta. O interno, que está prestes a sair em liberdade depois de 10 anos no cárcere, pretende trabalhar como pintor e prestar vestibular para se graduar em Tecnologia da Informação. “É o que vai me sustentar financeiramente lá fora”, afirma.

O projeto

O Escola + Bonita prevê a revitalização de 2,1 mil escolas estaduais de São Paulo até 2020. “O projeto oferece uma oportunidade para que esses reeducandos, ao término da pena, saiam em liberdade capacitados para exercer uma profissão”, avalia o Secretário Nivaldo Cesar Restivo, titular titular da Secretaria da Administração Penitenciária (SAP).

Para Evaldo Barreto, diretor técnico do Grupo de Capacitação, Aperfeiçoamento e Empregabilidade da CRSC (Coordenadoria de Reintegração Social e Cidadania), o projeto é um processo de preparação para a vida longe dos presídios. “Os detentos terão mais facilidade de serem inseridos no mercado de trabalho ou até mesmo de se tornarem empreendedores, diminuindo de forma significativa as chances de voltarem a cometer crimes”, afirma.