O desenvolvimento de uma pele artificial a partir do tecido de porcos, fruto de um trabalho desenvolvido em uma Etec paulista (Escola Técnica Estadual), em exposição no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro, demonstra que é possível desenvolver pesquisa aplicada em laboratórios de escolas públicas no Brasil.
É o que mostra o trabalho “Pele Artificial Econômica”, desenvolvido por alunos da Escola Técnica Estadual (Etec) Prof. Carmelino Corrêa Junior, de Franca, que estará exposto no Rio de Janeiro, em mini documentário narrado pela professora Joana Félix, orientadora da pesquisa.
O projeto integra a mostra temporária “Inovanças – Criações à Brasileira”, que começou na última terça-feira (25) e segue em cartaz até 25 de outubro no Museu do Amanhã, no centro da capital fluminense.
O objetivo da mostra é revelar trabalhos inovadores de cientistas brasileiros, muitos deles desconhecidos do público. Pesquisas com resíduos de couro são uma das especialidades da Etec de Franca, administrada pela Fundação Paula Souza, vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação, e mostra como elas podem ter relevância para a área da saúde.
O convite para participar da mostra revela que é possível desenvolver pesquisas em laboratórios escolares, como destaca a professora. “A mostra vai abrir portas para crescermos e atingirmos novas pessoas”, afirma Joana, que é doutora em Química pela Universidade de Harvard, nos Estados Unidos.
Joana espera que a exposição do trabalho na mostra possa atrair investidores para produzir em escala a pele artificial desenvolvida no laboratório da escola. Ela continua, na Etec de Franca, as pesquisas iniciadas em Harvard com couro e outros resíduos animais, como escamas de peixes.
