Escola do interior paulista se torna ponto de coleta de óleo de cozinha

A prática ensina o protagonismo aos estudantes e já é bastante conhecida na comunidade escolar

sex, 27/07/2018 - 19h49 | Do Portal do Governo

Óleo de cozinha velho não serve para preparar novos alimentos. Mas, ainda assim, o material tem serventia. Basta reciclar! O óleo deve ser armazenado e descartado de forma regular. Por saber de tudo isso, um grupo de alunos do 6º ano da escola Aparecido Roberto Tonelloti, de Francisco Morato, firmou parceria com uma empresa especializada no reuso do material.

Orientados pela professora de Língua Portuguesa Tatiane Costa dos Santos Carvalho e pelo professor de ciências Misael Ferreira Silva, os estudantes participam do projeto “Sou responsável, eu reciclo!”. Durante as aulas, os professores passam filmes sobre o impacto do óleo no meio ambiente e, também, no esgoto, por conta do descarte ilegal. O projeto ganhou até slogan: você doa, nós reciclamos, a natureza agradece!

Depois, é a vez de ouvir a experiência de cada um em casa, sobre como o resíduo é descartado pelos seus familiares. Os educadores conduzem a roda de conversa direcionando o debate para a forma adequada de descarte.

Juntamente com o professor Misael, a educadora Tatiane tem preparado os estudantes da unidade para que tenham uma vida melhor. Com a iniciativa, eles acabam formando pessoas de bem que podem ser a diferença na sociedade. Segundo Tatiane, “o aluno precisa entender que os recursos naturais são esgotáveis e que eles são indispensáveis para que haja vida. É preciso poupar, economizar, reutilizar, preservar e pensar no meio ambiente, pois ele é o pulmão da terra. É responsabilidade de todos reciclar tudo que possa ser reciclado”, explica a professora.

Não tem prêmios em jogo. O que os motiva é o protagonismo na coleta e organização do óleo na própria escola. Os educandos se tornam, assim, excelentes multiplicadores, pois, além de repassar o conhecimento para as outras séries, acabam coletando o material na vizinhança da unidade escolar e no comércio local, sempre levando o aprendizado aos colaboradores.

A aluna Emilly da Silva Souza explica que a comunidade nem sempre entende o recado. Mas, faz questão de relembrar que “o óleo prejudica o solo, os animais e a água.” A estudante explica que apenas 1 litro de óleo “pode contaminar vários litros de água”, do lençol freático.

A escola recebe um certificado a cada vez que a empresa responsável pela coleta vai retirar o material. Com o dinheiro arrecadado, será possível comprar uma mesa de jogos para a escola, na qual o corpo discente poderá brincar durante o intervalo de aulas.

Mas, nem todo o óleo coletado serve para ser vendido. A parte que não se encaixa na categoria aceitável é destinada para a produção de sabão e doado para a faxineira da escola, a dona Celinha. O restante pode ser utilizado para produção de resina para tinta, aditivo para ração, produção de biodiesel, fabricação de detergente e sabão.