Primeira-dama quer ampliar programa social de padarias

A Tribuna - Santos - Terça-feira, 8 de fevereiro de 2005

qua, 09/02/2005 - 9h18 | Do Portal do Governo

Criado há mais de três anos, a idéia é formar padeiros em áreas carentes

Da Reportagem

Não é só o governador Geraldo Alckmin (PSDB) que pretende dar maior visibilidade aos programas sociais do Governo do Estado. Ontem, a primeira-dama de São Paulo, Maria Lúcia Alckmin, demonstrou que atua com a mesma filosofia: ela pretende aumentar em cerca de 30% o tamanho do programa das Padarias Artesanais.

Criadas há três anos e meio para a formação de profissionais da panificação em áreas carentes, as padarias se tornaram um dos carros-chefes da área social paulista – e dos programas eleitorais do PSDB.

Atualmente, há 5.300 delas funcionando nos 645 municípios de São Paulo. Dona Lúcia Alckmin pretende fermentar o programa com 1.900 novas unidades.

‘Se Deus quiser, vamos encerrar o governo com 8.400’, afirmou ontem a primeira-dama, que esteve em Santos para acompanhar o velório e cremação do empresário José Eduardo do Nascimento.

Apesar de saber do peso político e social das padarias, Lúcia Alckmin evita relacionar o programa à virtual candidatura do marido à presidência da República.

E, como sempre, recusa-se a falar de política. ‘Sinceramente, acho que não é momento de estar pensando se ele (Geraldo Alckmin) vai ser presidente, se vai ser candidato, ou não’, desconversa a primeira-dama. ‘O Geraldo foi eleito com 12 milhões de votos e tem um compromisso com a população do Estado de São Paulo’.

Há uma razão para evitar o tema candidatura. Como parte das primeiras-damas de São Paulo não é vinculada a prefeitos que dão sustentação a Alckmin, é melhor não misturar as estações. ‘Como eu trabalho com 645 primeiras-damas, eu nunca me envolvo, nunca subi num palanque, nem para pedir votos para o Serra’.

Dentro desta filosofia, de manter a política fora das discussões sociais das primeiras-damas, Lúcia Alckmin pretende reunir todas as mulheres dos prefeitos eleitos e reeleitos em um megaencontro agendado para o dia 23, no Palácio dos Bandeirantes. ‘Como tivemos as eleições, muitas delas são novas’.

Na reunião, a primeira-dama falará sobre os projetos do Fundo Social de Solidariedade do Estado de São Paulo (Fussesp).

Além da ampliação da rede de Padarias Artesanais, vai tocar num novo projeto – a formação profissional de costureiras e bordadeiras em comunidades pobres.

O projeto vem sendo tocado na Capital pelo Fussesp em parceria com o Instituto Gera (Geração de Emprego, Renda e Auto-estima).

A partir desta primeira experiência, a idéia de Lúcia Alckmin é formar núcleos do Gera nas demais cidades do Estado. Sem vinculá-los à política partidária, é claro.

Velório

Lúcia Alckmin esteve em Santos para participar do velório e cremação do empresário santista José Eduardo do Nascimento, de 56 anos.

Nascimento morreu na noite de domingo, no Rio de Janeiro. Era dono da Construtora Spenco. Empreiteira especializada em obras públicas e no restauro de monumentos, a empresa fez as obras da Bolsa do Café de Santos, da Sala São Paulo e da Rua XV de Novembro (em Santos).

Nascimento e a Spenco eram parceiros do Fussesp em projetos sociais.