Balanço divulgado ontem pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT) revelou que 300 edificações foram afetadas pela enchente deste começo de ano em São Luiz do Paraitinga, no Vale do Paraíba. Quatro técnicos do IPT estão no município desde o dia 1º, analisando a situação do conjunto arquitetônico local, composto por 470 edificações tombadas como patrimônio histórico.
Segundo o IPT, das 80 construções já avaliadas, metade precisará passar por obras de restauração, incluindo 28 casas no entorno do coreto. Cerca de 50% do prédio da prefeitura precisará ser restaurado. A Igreja Matriz, a Capela das Mercês e o prédio da biblioteca foram totalmente destruídos pela enchente. O IPT apontou outro aspecto preocupante: os registros históricos da cidade correm risco de se perderem por causa da inundação do Fórum e do cartório.
O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), visitou ontem, pela manhã, São Luiz do Paraitinga e Cunha. À tarde, já em São Paulo, ele disse que as cidades estão em fase de limpeza e avaliando as perdas. “O Estado vai reconstruir uma escola e reformar dois postos de saúde, um deles que foi ao chão.”
Ele informou que a Sabesp (companhia estadual de saneamento) concedeu isenção aos consumidores nas contas de água dos próximos meses. Serra disse também que destinou R$ 10 milhões para a Dersa (estatal paulista responsável por estradas) investir, principalmente na região de Cunha. Serra informou ainda que a Companhia de Desenvolvimento Habitacional Urbano (CDHU) vai desenvolver uma linha de crédito para reforma e restauração de casas. A Nossa Caixa e o Banco do Povo darão crédito para pequenas e médias empresas retomarem seus negócios.
