O Estado de S.Paulo
Servidor do Estado que não participou do recadastramento poderá fazê-lo no mês que vem
Os servidores estaduais de São Paulo que não participaram do recadastramento realizado pelo governo terão uma nova oportunidade de cumprir com a obrigação a partir do mês que vem. De 1º a 20 de junho haverá um novo período para esses trabalhadores atualizarem seus dados. Até lá, não haverá corte de salários. O recadastramento é obrigatório.
A primeira fase do censo do funcionalismo acabou no dia 1º de abril, e cerca de 554,6 mil – 97,4% dos que deveriam participar – responderam ao censo. Ao todo 684.233 funcionários em atividade da administração direta, autarquias – inclusive as de regime especial e as fundações – devem participar do processo.
A segunda etapa do censo, que foi de 2 de abril a 11 de maio, foi direcionada para os 114.811 servidores públicos temporários e eventuais (contratados recentes) da Secretaria de Educação se recadastrarem. Nessa etapa, cerca de 115 mil trabalhadores, ou 97,16% do total desse grupo, responderam à convocação.
Os servidores inativos e pensionistas não participam do processo. Para eles, o recadastramento permanece de acordo com as regras já existentes. Ou seja, o censo é obrigatório e feito anualmente, sempre na data de aniversário do funcionário.
Nas duas etapas do recadastramento, o servidor teve de atualizar seus dados pela internet, no site ou por meio dos formulários distribuídos nos respectivos departamentos de recursos humanos.
Nesse novo prazo, em junho, os setores de RH farão contato para solicitar, uma vez mais, o recadastramento e comunicar que, caso o funcionário não atenda à solicitação, o pagamento pode ser suspenso.
A Secretaria de Gestão informou que a possível falta de informações só será objeto de análise após 20 de junho. O objetivo do Palácio dos Bandeirantes com o censo é detectar possíveis funcionários fantasmas ou que estejam sendo pagos indevidamente.
Folha de pagamento
O recadastramento dos funcionários públicos foi uma das primeiras medidas anunciadas pelo governador do Estado José Serra, logo após a sua posse, no início deste ano. A preocupação do Palácio dos Bandeirantes com a folha de pagamento tem explicação no fato de ela representar a maior despesa do governo – 50% do que é arrecadado pelo Estado.
De acordo com o secretário de Gestão Pública, Sidney Beraldo, o censo também é necessário para o governo colocar em dia todos os dados cadastrais dos servidores e, dessa forma, dimensionar melhor os setores do funcionalismo. Além disso, a Secretaria tem planos de criar um banco de talentos próprio. Esse banco servirá para, por exemplo, identificar os profissionais que forem se especializando durante a carreira no serviço público e aproveitá-los melhor em setores que sejam mais adequados ao perfil de cada um.
