Infância e saúde

Jornal da Tarde - Terça-feira, dia 27 de junho de 2006

ter, 27/06/2006 - 10h01 | Do Portal do Governo

Luiz R. Barradas Barata

O Estado de São Paulo fechou 2005 com o menor índice de mortalidade infantil de sua história: 13,5 óbitos de menores de 1 ano por mil nascidos vivos. A redução foi de 45% em relação a 1995, quando a taxa era 24,6. O balanço da Fundação Seade indica que o ano passado foram evitadas 6.889 mortes de crianças, se compararmos ao índice de 1995.

Trata-se de uma informação relevante. No mundo atual, se espera que as crianças sejam saudáveis, com toda probabilidade de se desenvolverem com qualidade de vida. Assegurar os meios para tal é tarefa dos governos.

A implementação do SUS permitiu avanços. No Estado de São Paulo, a Secretaria da Saúde concentrou, na década de 1990, investimentos na assistência médica às gestantes, com ênfase na capacitação de profissionais de ginecologia e obstetrícia dos municípios e ampliação do número de leitos de maternidade e terapia intensiva neonatal. Os resultados corresponderam às expectativas. A queda nos últimos 12 anos evidencia o acerto.

Dos 645 municípios paulistas, 244 (mais de um terço do total) apresentam taxas de mortalidade abaixo de um dígito, comparando-se aos países mais desenvolvidos. Dentre as regiões de saúde paulistas, o menor índice médio em 2005 ficou com Barretos (com 9,8), seguida por Rio Preto (10,8). A Capital teve mortalidade de 12,9 em 2005, uma das menores entre as capitais brasileiras.

Não restam dúvidas de que ainda é necessário avançar. Mas é certo que os resultados demonstram que o trabalho da secretaria e de gestores municipais está dando certo e motivando profissionais de saúde a redobrar esforços para diminuir cada vez mais a mortalidade infantil em São Paulo e no Brasil.

MÉDICO SANITARISTA E SECRETÁRIO DE ESTADO DA SAÚDE DE SÃO PAULO