O governo de São Paulo vai lançar até maio um projeto de auxílio-desemprego para minimizar o efeito da crise. Serão oferecidas 20 mil bolsas para qualificação em ensino técnico em todo o Estado, além de auxílio para transporte. Os desempregados receberão R$ 320 mensais para fazer cursos profissionalizantes no Senai, no Senac, na Etec e no Cefet.
Segundo o secretário estadual de Emprego e Relações do Trabalho, Guilherme Afif, o projeto é mais uma ação para ajudar os desempregados do Estado a se recolocarem. Inicialmente, a ideia do governo era oferecer 60 mil vagas para qualificação. Com a crise, no entanto, a proposta agora é abrir 40 mil vagas, metade delas com bolsa-auxílio.
Os interessados poderão se inscrever no site do Emprega São Paulo, que reúne cadastros de vagas e trabalhadores que buscam emprego. Lançado em agosto de 2008, o projeto alcançou um nesta semana milhão de currículos cadastrados. Até o momento, foram preenchidas 45.047 vagas e hoje há uma oferta de 12 mil postos.
Segundo estimativas do governo estadual, a força de trabalho em São Paulo é de 11 milhões de trabalhadores no mercado formal. Desse total, 9% estão desempregados -entre 1,5 milhão e 2 milhões de pessoas.
Apesar de o número de candidatos a vagas no programa incluir pessoas empregadas a procura de novos postos, ele reflete a expansão do desemprego no Estado nesta crise.
Até março, São Paulo teve quatro meses de fechamento de postos de trabalho, segundo dados do Caged. Em março, no entanto, foram criados 34.231 postos no Estado.
Para Afif, ainda é cedo para comemorar. Segundo ele, o período é de geração de empregos e o número de vagas criadas é bem inferior ao de março de 2008. Ele também diz que o desemprego novo, de pessoas que entram no mercado e não conseguem emprego, não é contabilizado pelo Caged.
