Jornal Hoje
Um dos principais acusados é Renato Pereira Júnior, dono da Home Care Medical, uma das empresas sob suspeita de fraudar licitações na área da saúde no interior de São Paulo e em outros estados.
Outro é Dirceu Gonçalves Ferreira, dono de duas empresas – a Vidasmed e a Biodinâmica – que funcionam no mesmo endereço e também foram alvo da operação. Segundo a policia, as empresas atuavam principalmente em hospitais públicos da cidade de São Paulo.
Foram apreendidas duas lanchas e um helicóptero e também bens de outro preso, Marcos Agostinho Paioli, sócio e contador de empresas fornecedoras de equipamentos e materiais hospitalares. A Justiça bloqueou as contas de todos os envolvidos e de dez empresas.
Segundo a investigação, os acusados direcionavam as licitações, combinavam os resultados e afastavam os concorrentes, sempre com a ajuda de funcionários públicos. Depois de ganhar a concorrência com preços superfaturados, eles ainda aplicavam outro golpe: entregavam menos mercadoria ou materiais de qualidade inferior ao que havia sido contratado.
De acordo com a promotoria, 21 hospitais públicos fecharam contrato com as empresas sob suspeita. A estimativa é de que o prejuízo para o estado chegue a R$ 100 milhões.
Também foram presos dois funcionários das empresas que forneciam material hospitalar, acusados de serem os responsáveis pela parte prática da fraude. “Nós vamos fazer o levantamento de todos os documentos apreendidos juntamente com a secretaria da Fazenda e prender os outros envolvidos na fraude”, disse o delegado Luiz Storni.
Segundo o Ministério Público, o próximo passo da investigação é identificar os servidores públicos que ajudaram nas fraudes.