Atividade das indústrias de SP sobe 1% em julho

Folha de S.Paulo - Quarta-feira, 29 de julho de 2007

qua, 29/08/2007 - 11h51 | Do Portal do Governo

Folha de S.Paulo

No acumulado do ano, expansão é de 5%, diz Fiesp

O nível de atividade da indústria de transformação do Estado de São Paulo subiu 1% em julho em relação a junho, segundo dados com ajuste sazonal divulgados ontem pelo Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) e pela Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo).

Sem fazer o ajuste sazonal, o resultado chega a 2,3% no mês. Nesse tipo de análise, ante julho de 2006, a alta é de 6,9%. No acumulado do ano, a produção aponta expansão de 5%.

O desempenho no mês passado indicou aceleração no ritmo de crescimento sobre junho, quando o INA (Indicador do Nível de Atividade) cresceu 0,7% sobre maio, segundo dados com ajuste sazonal revisados -antes do ajuste, verificou-se queda de 0,3% na atividade em junho.

Para Boris Tabacof e Paulo Francini, diretores do Departamento de Economia das entidades, os dados são um indicativo de que a economia cresce em ritmo sustentado. “Para 2007, é possível que o PIB industrial de São Paulo, e por extensão o do país, aproxime-se de 5%, acima do que se imaginava no início do ano, de 3%”, disse Boris Tabacof, do Ciesp. Segundo ele, o crescimento da produção, apoiado na expansão do consumo e dos investimentos, sustenta a nova projeção. “Não prevíamos a evolução da massa salarial real de 7%. O crédito continua abastecendo o consumo”, diz Francini.

Os economistas descartam que o aumento da demanda possa gerar inflação. “Aumento de demanda não pode ser confundido com pressão inflacionária, de modo a interromper o ciclo de queda dos juros básicos”, defendeu Tabacof, em referência à decisão do Banco Central na próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), em setembro.

Já o nível de utilização da capacidade instalada, referência do quanto a indústria pode crescer sem gerar inflação, atingiu 82,8%, pouco abaixo do de junho (82,9%). Quanto menor o uso, maior a possibilidade de a indústria atender a um crescimento de demanda sem provocar aumento nos preços.

Já as vendas reais recuaram 1,5% em julho ante junho, sem considerar ajuste sazonal. Em relação a julho de 2006, houve expansão de 3,2%. No acumulado do ano, a alta é de 4,4% em relação a 2006.

Em julho, na comparação com junho (sem ajuste sazonal), o total de horas pagas subiu 0,8%, e as horas trabalhadas na produção, 0,9%. O total de salários reais pagos em julho subiu 1,2% sobre junho e 6% em relação a julho de 2006.