Agência de São Paulo deslancha operação piloto com capital de giro

Valor

sex, 03/07/2009 - 7h57 | Do Portal do Governo

A Agência de Fomento do Estado de São Paulo, criada em fevereiro e implantada em março, já está fazendo sua operação piloto. Trata-se de uma linha de crédito de capital de giro para uma empresa do setor plástico, que fabrica embalagens para supermercados. “Estamos testando os sistemas de controle. Se tudo der certo, abriremos as portas para as demais operações”, afirmou o presidente da agência, Milton Luis de Melo Santos.

A agência de São Paulo nasceu com um um dos maiores patrimônios do setor, de R$ 1 bilhão, que serão integralizados à medida que os negócios crescerem. Inicialmente, estão disponíveis R$ 200 milhões.

O alvo, disse Melo Santos, são as micro, pequenas e médias empresas dos setores de bens de capital, comércio, serviços e agronegócios do Estado de São Paulo. A meta da agência é liberar R$ 100 milhões em crédito por ano, inicialmente.

A agência resolveu começar com operações de capital de giro, em duas modalidades. Uma delas é um desconto de duplicata ou outro recebível tradicional. A outra modalidade é o capital de giro parcelado em 12 meses, com um de carência, ao custo de 1% ao mês. “É a alternativa mais barata de crédito”, disse Melo Santos.

O presidente da agência paulista explicou que resolveu começar pelo capital de giro por causa das dificuldades de crédito enfrentadas pelas empresas de bens de capital com a crise internacional. “As pequenas empresas eram principalmente atendidas pelos bancos médios que foram os mais afetados pela crise”, explicou. Além da escassez de crédito, enfrentaram também a queda da demanda.

A agência de fomento não tem rede para oferecer seus recursos está recorrendo a associações de classe, como a Fiesp, Faesp, Fecom, Abimaq, Associação Comercial de São Paulo e também ao Sebrae, para divulgar suas linhas de crédito.

Também já fez apresentações a arranjos produtivos locais dos setores de plásticos e calçados.

Melo Santos ficou animado com as novas regras das agências de fomento. Segundo ele, elas abrem novas frentes de atuação. Ao autorizar as operações de crédito, permite às agências realizar adiantamentos sobre contratos de câmbio e cambiais entregues (ACCs e ACEs), por exemplo.

Agora também será possível repassar linhas de leasing do BNDES e de recursos do FAT e do FGTS. A agência paulista já está se credenciando junto ao BNDES.

Segundo ele, a participação acionária autorizada para as agências será importante para apoiar incubadoras com o objetivo de fortalecê-las.

“As agências de fomento precisavam de melhores oportunidades e ferramentas operacionais para potencializar sua atuação. Agora temos o carro e o motor.”