Museu da Diversidade Sexual é pioneiro na América Latina

Equipamento recebeu mais de 250 mil visitantes; programa de itinerância do acervo já atingiu mais de 60 mil pessoas no interior e litoral

qui, 21/03/2019 - 20h07 | Do Portal do Governo

Primeiro equipamento cultural da América Latina relacionado à temática LGBT+, o Museu da Diversidade Sexual foi criado em maio de 2012 a partir de uma demanda do público que historicamente, por sofrer preconceito, não possuía nenhum espaço para preservar sua memória e visibilizar sua produção cultural.

De acordo com o diretor do Museu, Franco Reinaudo (foto acima), a missão do espaço é preservar o patrimônio social, político e cultural da comunidade LGBT do Brasil por meio da pesquisa, contribuindo para a educação e promoção da cidadania.

“Espera-se, com isso, propiciar maior visibilidade à diversidade sexual, auxiliar no entendimento de suas especificidades para promover a cidadania desta população e sua inclusão social”, afirma Reinaudo.

As atividades culturais, educativas e expositivas do MDS têm foco especialmente nas identidades de gênero, orientações sexuais e expressões de gênero das minorias sexuais para estabelecer um espaço de convivência, manutenção da memória da população LGBT e potencializar estudos acerca da diversidade sexual.

O Museu promove três exposições anualmente, sempre com temas abrangentes que são escolhidos a partir da escuta da comunidade LGBTI+. A ocupação do espaço também se dá através de chamamentos públicos como a Mostra DIVERSA que seleciona projetos com a temática da diversidade de todo o Brasil e acontece a cada dois anos.

Para o estudante Wilian Ribeiro, de 22 anos, o Museu é essencial para a sociedade. “É importante falar sobre respeito. Temos que respeitar todo mundo, independente de qualquer coisa. Esse museu me representa. E eu não me sinto representando em muitos lugares”, revela.

Desde sua abertura, a Instituição já recebeu mais de 250 mil visitantes. O programa de itinerância de seu acervo já atingiu mais de 60 mil pessoas em cidades do interior e litoral do Estado. Em 2014 o São Paulo Convention & Visitors Bureau reconhece o Museu como marco cultural.

Já em 2016, a Swedish Exhibition Agency do governo da Suécia reconheceu a importância do MDS como espaço de relevância na preservação da Memória LGBT simultaneamente aos centros de Berlin e São Francisco. No mesmo ano, a ONU fez uma parceria na exposição “Sonhar o Mundo”, sobre direitos humanos.

O programa +Orgulho criado em 2017 pelo Museu e APAA em parceria com a Secretaria da Cultura e Economia Criativa, em duas edições, atingiu 153.100 pessoas em 22 municípios, se transformando em exemplo de política pública de promoção da cidadania da população LGBTI+.