Matemática é ensinada de forma lúdica em unidade escolar da rede estadual

Com o Método de Melhoria de Resultados, educadores aplicam a disciplina nas aulas de Arte e Educação Física, por exemplo

qua, 25/07/2018 - 16h47 | Do Portal do Governo

O MMR – Método de Melhoria de Resultado tem sido implementado nas escolas da rede estadual de ensino de São Paulo. Com as técnicas, as unidades conquistam avanços educacionais, pedagógicos e de gestão. Ele é utilizado desde o planejamento estratégico para o ano letivo e passa por etapas como identificar os desafios, planejar formas de superá-los e implantar as soluções elaboradas.

Com jogos no pátio, a matemática, por exemplo, é ensinada de forma mais leve e lúdica. As atividades na EE Marechal Deodoro, na capital paulista, foram iniciadas com o MMR e teve a base no EMAI – Educação Matemática nos Anos Iniciais.

A matemática é uma das disciplinas mais difíceis do currículo escolar. Contudo, os educadores acabam encontrando estratégias para que a aprendizagem se torne algo simples. Na escola Marechal Deodoro, com a implementação do MMR, foi possível desenvolver atividades lúdicas que renderam diversos benefícios à comunidade escolar, como o aumento na avaliação do Saresp.

A professora coordenadora da unidade, Noelia de Jesus Tacla, explica que “foi feita a implementação juntamente com os professores e a diretora. Todos chegaram com novas estratégias, como os jogos. Então os professores começaram a trabalhar em todas as aulas. Esses jogos eram utilizados em sala e, também, nas aulas de Educação Física e Artes”, disse.

Foram vários jogos/oficinas em que os professores puderam vivenciar os fundamentos da matemática com as crianças. Durante as atividades foi possível concretizar ensinamentos dos cinco eixos temáticos: números, operações, espaço e forma, grandezas e medidas e tratamento da informação. Além disso, os alunos entenderam o sistema de numeração decimal, cálculo mental, escrito, exato e aproximado.

Com o uso da cartilha do EMAI, a compreensão da disciplina ganha forte aliada. No entanto, o MMR serve para que os professores e a direção encontrem outras formas de atingir resultados de forma mais eficaz e rápida. E o desempenho dos alunos tem sido cada vez mais notado entre os profissionais da educação.

“Esse retorno para nós foi muito satisfatório, pois quando compreendemos, no fim de 2017, que o MMR estava no início de tudo, observamos professores de Educação Física ensinando perímetro, área, por exemplo”, afirma Noelia. “E quando fizemos os simulados do Saresp eu tive uma satisfação muito grande, era sorriso e alegria. Porque ali era o resultado de todo um trabalho. Então o MMR veio para ficar. Nós não fizemos nada diferente, apenas complementamos o trabalho”, conclui a professora coordenadora.

Tudo foi dividido em algumas etapas. Os organizadores começaram com os ditados de números, depois passaram para as operações e, por último, as situações problemas e atividades de espaço e forma, bem como o tratamento da informação e grandezas e medidas. O melhor é que todas as aplicações foram tranquilas, os alunos realizaram tudo sem muitos questionamentos e/ou dúvidas.

Pode ser pela grande sabedoria que vem dos pequenos, ou então pelo excelente trabalho realizado pela equipe escolar. Fato é que para a Mariane Caroline Gonzales, de apenas 10 anos, estudar matemática é mais fácil, “pois tem mais números do que letras. E para mim isso é fácil porque eu não sou muito boa em escrever”, esclarece a estudante. Segundo ela, “a matemática só se torna mais fácil se você estudar. E fica mais fácil ainda quando o professor incentiva”, enfatiza.

A aluna Sara Santos Ribeiro, de 10 anos, também se dá melhor com a matemática, pois acredita que é uma disciplina mais prática. Com o MMR, “na aula de Artes a gente também está aprendendo matemática, porque às vezes a gente pode desenhar uma bola, partir ao meio e fazer uma fração. Então, para mim, a Arte e a Educação Física, por exemplo, são jeitos de aprender matemática”, conclui a garota.

Miriam Gironda, que é a diretora da Marechal Deodoro, no início do ano, quando chegou a proposta do MMR, chegou a pensar que o trabalho seria mais árduo. Mas, com o projeto em andamento chegou à conclusão de que “é mais fácil. Você ensina de uma forma que eles brincam, aprendem e não fica aquela formula repetitiva. E no final do ano todo mundo fica feliz”. O que as escolas precisam é dar o primeiro passo, segundo Miriam.

Ficou evidente a necessidade do uso do material concreto, do incentivo à reflexão, o desenvolvimento do “gosto” pelo pensar, pelo vencer desafios e usar soluções criativas e pessoais para solucionar situações. É preciso ensinar os educandos a pensar. Isso não vai ajudá-los apenas na matemática, mas na interpretação de textos em geral e, principalmente, na vida prática.