SP alcança nível de desmatamento quase zero em áreas de Mata Atlântica

Em meios aos números negativos publicados neste mês de maio na nova edição do Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica, São Paulo tem um importante destaque no que diz respeito a preservação da Mata Atlântica. Ao lado de outros seis estados, apresentou nível de desmatamento praticamente zero, tendo suprimido 45 hectares no período de 2014-2015.

“O resultado alcançado em São Paulo é decorrência de diversas ações de fiscalização e controle, prioritariamente nas áreas de Mata Atlântica que, originalmente, cobriam 81,8% do território paulista”, afirmou secretária do Meio Ambiente, Patrícia Iglecias. “Trabalhamos fortemente na conservação ambiental e restauração ecológica, com programas e ações específicas, com metas, indicadores e prazos.”

A Secretaria do Meio Ambiente (SMA) conta, desde 2012, com uma Coordenadoria de Fiscalização Ambiental que promoveu maior agilidade na comunicação com a Polícia Militar Ambiental e possibilitou o aperfeiçoamento do planejamento das ações de fiscalização. Esse trabalho tem por objetivo zerar o desmatamento da Mata Atlântica até 2018.

O Atlas foi divulgado pela Fundação SOS Mata Atlântica e Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) em comemoração ao Dia Nacional da Mata Atlântica.

Panorama do desmatamento
A Mata Atlântica, que constitui o bioma mais ameaçado do país, contando com pouco mais de 12% dos 1,3 milhão de quilômetros quadrados originais, continua ainda sofrendo o impacto do desmatamento. Em 30 anos, perdeu aproximadamente 1,8 milhão de hectares, dos quais, 18.433 só nos últimos dois anos.

Ações de prevenção
Ao lado de recursos logísticos, São Paulo investe na aquisição de novos equipamentos, como um helicóptero para ampliar a capacidade de averiguação na região da Serra do Mar, e no apoio aos municípios litorâneos na elaboração de planos de ação.

Além da fiscalização, é dada ênfase nas ações de prevenção como a Operação Corta-Fogo para amenizar os impactos causados por incêndios florestais que podem consumir extensas áreas de vegetação em poucas horas. São Paulo também conta com o Programa Nascentes para, ao lado da repressão ao desmatamento, aumentar os índices de cobertura vegetal.

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