Foram apreendidos 500 mil maços de cigarro contrabandeados
Todo material encontrado foi encaminhado para perícia do Instituto de Criminalística (IC)
Nos últimos dias, os policiais da 1ª Delegacia Seccional realizaram diversas operações para coibir o contrabando no centro de São Paulo
Alckmin e o secretário da Segurança Pública estiveram no local nesta sexta (8)
Segundo o Secretário de Segurança Pública, Alexandre de Moraes, parte dos maços são feitos no Paraguai e entram ilegalmente pela no país
Com as informações desta operação, os investigadores iniciaram a Alcatrão II, com objetivo de encontrar onde as caixas de cigarro eram guardadas
A apreensão aconteceu nesta última quinta-feira (7)
O governador e Alexandre de Moraes parabenizaram a equipe que participou da investigação
Alckmin destacou que esta é apenas uma parte do que a polícia vem fiscalizando
o governador durante entrevista coletiva nesta sexta-feira (8)
Foram apreendidos 500 mil maços de cigarro contrabandeados na tarde desta quinta-feira (7) no centro da Capital. O governador Geraldo Alckmin e o secretário da Segurança Pública, Alexandre de Moraes, estiveram no local nesta sexta-feira (8) para parabenizar os agentes que participaram da investigação.
“Queria dizer do empenho do Governo do Estado primeiro na preservação da saúde e depois no combate ao crime, pois os cigarros podem trazer problemas graves para a saúde da população. Foram 21 pessoas presas e as operações serão constantes. Estamos desbaratando todo esse trabalho. Estamos cobrando também do Governo Federal para que haja empenho. Todo mundo sabe que parte desse contrabando passa pelo Rio Paraná e os estados mais atingidos são São Paulo, Paraná e Mato Grosso do Sul. Um trabalho de inteligência em defesa da população e combate à criminalidade”, disse Alckmin.
Cigarros falsos não seguem as normas mínimas no processo de fabricação e podem ser bem mais prejudiciais do que os originais. Segundo o Secretário de Segurança Pública, Alexandre de Moraes, parte dos maços são feitos no Paraguai e entram ilegalmente pela no país. “As fronteiras estão totalmente abertas. Aqui existem cigarros supostamente brasileiros, falsificados no Paraguai, sem nenhum controle de qualidade. Um crime contra a saúde pública”.
Nos últimos dias, os policiais da 1ª Delegacia Seccional realizaram diversas operações para coibir o contrabando no centro de São Paulo. Ao todo, 21 pessoas foram presas.
Fiscalização de fronteiras
Alexandre de Moraes ressaltou que irá, novamente, ao Ministério da Justiça em Brasília para pedir mais fiscalizações nas fronteiras do país. “Já solicitei inúmeras vezes no ano passado. E novamente irei pedir maior rigor no controle das rotas de contrabando, inclusive de armas, e de tráfico de drogas”.
De acordo com Moraes, a Polícia Federal e o Exército Brasileiro demonstram grande interesse em atuar nas divisas nacionais, porém é preciso que haja operações efetivas para isso.
“Estamos fazendo a nossa parte. Nós fizemos ligação com várias câmeras do Exército e da Força Aérea, para que possamos monitorar as entradas de São Paulo. E ampliamos todas as operações nas rodovias estaduais”, ressaltou o titular da Segurança Pública. “Mas, para que seja feito um amplo combate à criminalidade, principalmente aquela que vem do Paraguai, há necessidade da interveniência do Governo Federal”.
Operação Alcatrão
Após dias de investigação, os policiais do 12º Distrito Policial (Pari) descobriram a venda de cigarros contrabandeados e falsificados em uma “feirinha” clandestina, que funcionava entre a Rua Monsenhor Anacleto e a Avenida Rangel Pestana.
Na ação, que ocorreu no dia 31 de março, foram apreendidos em torno de 36.680 maços e uma pistola calibre .635 sem registro. Cinco pessoas foram presas.
Com as informações desta operação, os investigadores iniciaram a Alcatrão II, com objetivo de encontrar onde as caixas de cigarro eram guardadas. Na Rua Cachoeira, encontraram um galpão que servia de depósito para o crime.
Segundo o delegado titular do 12º DP, Eder Pereira e Silva, a quadrilha retirava os maços no final da tarde, horário de grande movimentação na região devido a diversos galpões e lojas. Dentro do local, os criminosos colocavam as caixas em uma van branca e a deixavam em estacionamentos próximos. Durante a noite, um dos envolvidos levava o veículo até a “feirinha” e repassava os cigarros contrabandeados.
Na última quinta-feira (7/4), uma semana depois da primeira apreensão, os agentes flagraram um homem saindo com a van e o abordaram. Dentro do veículo, assim como no galpão, foram encontrados cerca de 509.500 maços.
Nesta ação, o condutor do veículo foi detido em flagrante. Com ele foi encontrado ainda dois blocos de papel com diversas anotações sobre a saída e venda da mercadoria. Em nenhuma das apreensões foram encontradas comprovação fiscal ou mesmo documentos provando a origem dos cigarros.
Esta foi apenas uma das operações deflagradas pela Polícia Civil no centro da Capital. Nos últimos dez dias, foram apreendidos aproximadamente 590 mil maços falsificados e contrabandeados. Contando com a prisão da última ação, 21 pessoas foram detidas por contrabando.
As ações contaram também com o apoio do Grupo de Operações Especiais (GOE). Todo material encontrado foi encaminhado para perícia do Instituto de Criminalística (IC).
Do Portal do Governo do Estado
