Uma nova exposição inaugurada nesta semana no Museu Afro Brasil, no Parque do Ibirirapuera, apresenta ao público a vida e a pesquisa pioneira desenvolvida pelo primeiro linguista afro-americano, Lorenzo Dow Turner.
Originalmente criada e exibida em 2010 pela Anacostia Community Museum, integrante do Instituto Smithsonian, em Washington, Estados Unidos, a exposição tem curadoria da brasileira Alcione Meira Amos e segue até outubro.
Expoente acadêmico da comunidade negra americana nos anos 1930, Turner identificou a fala da comunidade gullah, do sul dos EUA, e rastreou seus registros na África e no Brasil, ligando, dessa forma, comunidades da diáspora africana através da linguagem.
Fazem parte da mostra fotografias que registram o trabalho de campo do professor Turner; um painel comparando palavras usadas no gullah, inglês e português do candomblé, com as suas origens nas línguas da África; um raro registro da fala gullah e cinco vídeos, incluindo “Raízes da África: ligações entre as palavras”, que mostra as raízes africanas de várias pessoas.
Outras exposições
Até o dia 30 de agosto, o museu promove ainda a maior mostra de arte contemporânea africana já realizada no país. O projeto “Africa Africans” traça um panorama da recente criação visual do continente por meio de obras de artistas de diversas nações africanas.
A exposição conta com cerca de 100 obras, de mais de 20 artistas, em diversos suportes e linguagens, além de outras obras de arte africana, pertencentes ao acervo do museu e à coleção particular de Emanoel Araujo, diretor curatorial do Museu.
SERVIÇO
Gullah, Bahia, África
Museu Afro Brasil (Av. Pedro Álvares Cabral, Pq. Ibirapuera, Portão 10, São Paulo)
De 18/08 a 18/10
Mais informações no site do Museu Afro Brasil