Amamentação pode diminuir 13% de mortes infantis, diz OMS

Leite materno é melhor do que qualquer alimentos para recém-nascidos

sex, 07/08/2015 - 20h17 | Do Portal do Governo

O aleitamento materno é a mais sábia estratégia natural desenvolvida pelo corpo humano. Além do vínculo entre mãe e filho, do afeto e da proteção com anticorpos, a amamentação repassa nutrientes que serão fundamentais no desenvolvimento das potencialidades no decorrer da vida.

Por outro lado, os distúrbios que incidem nesta fase são responsáveis por graves consequências que a criança vai sentir no restante da vida. Por isso, é importante conhecer e praticar o aleitamento materno da forma correta.

O leite materno está comprovado por estudos como superior sobre os demais alimentos para um recém-nascido. Alguns estudos orientam que a duração da amamentação seja, em média, de dois a três anos, idade em que se costuma ocorrer o desmame naturalmente.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) é mais enfática e recomenda que a criança consuma leite materno exclusivamente por seis meses e que o alimento seja complementado até os dois anos ou mais.

Estudos não comprovam vantagens para a criança quando iniciada nos alimentos complementares antes dos seis meses de vida. Segundo a OMS, o efeito pode ser até o inverso, com a alimentação precoce pode inclusive trazer prejuízos à saúde da criança.

SP precisa de doação de leite materno

A Semana Mundial de Aleitamento Materno acontece do dia 1 a 7 de agosto e faz parte da história mundial da sobrevivência, proteção e desenvolvimento da criança. Aproveitando esta data estipulada pela OMS, o Banco de Leite reforça o pedido para salvar mais vidas e relembra que toda mulher saudável que não faz uso de medicamentos pode ser uma doadora.

O ideal é que o leite seja coletado de forma manual e armazenado em um frasco de vidro com tampa plástica. É preciso ainda se atentar às questões de higiene durante todo processo (veja aqui o passo a passo). E em casos de congelamento, o prazo máximo é de 15 dias. No Banco de Leite, a doação passa por um processo de seleção, classificação e pasteurização para ser, posteriormente, distribuída com qualidade aos bebês internados em unidades neonatais.

Quem não tem disponibilidade de ir até um Banco de Leite, pode solicitar a retirada em domicílio. O Hospital Maternidade Leonor de Barros e o Hospital Interlagos oferecem este serviço. A Fiocruz preparou uma lista com todas as unidades de Banco de Leite do Estado de São Paulo.

Sobre amamentação

– Além de fornecer o vínculo mãe/filho, os nutrientes essenciais para o desenvolvimento de uma boa saúde do recém nascido, estima-se que a amamentação materna pode evitar cerca de 13% das mortes em crianças menores de 5 anos em todo o mundo;

– Não existe alimento capaz de substituir o leite materno para o bebê (Esta é uma resposta unânime entre os cientistas e pesquisadores da área);

– O aleitamento materno deve ser exclusivo, no mínimo, até os seis meses de vida e até dois ou três anos sendo complementado com alimentos;

– O bebê ingerir apenas leite materno até os seis meses de vida;

– A criança deve ser amamentada sem restrições de horários e de tempo de permanência na mama. Nos primeiros meses o bebê mama cerca de 12 vezes ao dia;

– Quanto mais volume de leite e mais vezes a criança mamar, maior será a produção de leite. Uma nutriz que amamenta exclusivamente produz, em média, 800ml por dia no sexto mês.

O que fazer em caso de sobra de leite após amamentar a criança suficientemente?
– Seja doadora para o Banco de Leite e neste caso clique aqui e saiba o procedimento correto e ajude outras crianças a crescerem saudáveis.

Do Portal do Governo do Estado