Segurança: Operação Saturação chega ao Brooklin Velho e Morumbi

Operação tem como conceito a intensificação da presença policial-militar em áreas previamente analisadas e identificadas

seg, 08/05/2006 - 16h47 | Do Portal do Governo

Começou, na manhã da última sexta-feira, dia 5, mais uma etapa da Operação Saturação por Tropas Especiais (Oste). Desta vez, o policiamento foi intensificado na Zona Sul da Capital. A Favela Colombo II, no Morumbi, tem cerca de 3 mil barracos e aproximadamente 15 mil moradores. Já a Favela do Buraco Quente, no Brooklin Velho, conta com cerca de 1 mil moradores em 220 barracos – e apresenta um alto índice de tráfico de entorpecentes. Outros 15 núcleos de submoradias, todos pequenos, também são alvos da Oste.

“Chegamos a esses locais depois de cruzar informações sobre os índices de violência levantados pela Secretaria da Segurança Pública”, ressaltou o coronel Joviano Conceição de Lima, comandante da Tropa de Choque e responsável pela operação. Nas áreas escolhidas, de acordo com o coronel, há um número considerável de assaltos à mão armada e tráfico de entorpecentes.

A Operação Saturação tem como conceito a intensificação da presença policial-militar em áreas previamente analisadas e identificadas, enfatizando a prevenção e repressão a infrações criminais. Mas, o principal objetivo, é combater o tráfico de entorpecentes e aproximar comunidade e Polícia, gerando uma relação de plena confiança em ambos.

Sem data para terminar

A Oste não tem data para terminar. “Tudo depende dos resultados, que analisaremos diariamente”, comentou o coronel Joviano. Os policiais instalaram a Base de Operações na praça da Ressurreição, em frente ao cemitério Getsemany. Mas os 177 soldados militares estão espalhados estrategicamente pela Favela Jardim Colombo II e nas pequenas favelas que estão ao redor. “O policiamento vai desde a avenida Giovani Gronchi até o cemitério Getsemany. Nesse entremeio agiremos diariamente”, explicou o coronel Joviano.

No Buraco Quente, os policiais estão espalhados pela favela e pela avenida jornalista Roberto Marinho, próximos à ponte de acesso à avenida 23 de Maio.

Além do Comando de Policiamento de Choque (COE), participam da operação o Canil, Cavalaria e Rota, com apoio do policiamento aéreo, de trânsito e Corpo de Bombeiros.

A Cavalaria realiza patrulha no entorno das favelas, enquanto o COE age dentro das favelas, de maneira itinerante. Já as viaturas da Rota têm pontos móveis para patrulhar. O Canil participa da Oste fazendo o patrulhamento pelas ruas e vielas das favelas. Os policiais estão agindo no controle de acesso às favelas, averiguando quem entra e quem sai.

Também há carros de apoio na avenida Giovani Gronchi e na praça da Ressurreição, enquanto no Brooklin, o apoio está na avenida Jornalista Roberto Marinho.

Resultados

Na manhã de sexta foram presos dois rapazes por porte e tráfico de entorpecentes, um em cada favela. Os policiais procuram, no Morumbi, por 34 foragidos da Justiça. Já no Brooklin são 33 foragidos.

Haverá um balanço diário da Operação pelo coronel Joviano, juntamente com os outros comandantes. Cada ponto abrangido pela Oste será avaliado; e definida a necessidade de reforço policial.

Oste foi implantada em 2005

Esta é a sexta edição da Operação Saturação por Tropas Especiais, que começou em julho de 2005. As anteriores foram realizadas em lugares distintos, como: Favela Paraisópolis, favelas do Jardim Elba, Tamarutaca (Santo André); Pantanal, e na Vila Zilda, no Guarujá.

Um dos pontos fortes da Operação está no entrosamento direto com as lideranças de cada favela. Os centros comunitários procuram apoiar os policiais, esclarecendo a população local que a Polícia está lá para ajudar e que o trabalho é mútuo.

“Contamos com a população local para o total sucesso dessa nova operação”, ressaltou o coronel Joviano.

Iniciativa aprovada

“Achei muito bom ver os policiais aqui. Dá mais segurança”, comentou a moradora Rosangela dos Santos.

Mas foram as crianças as maiores incentivadoras dos policiais. Ao vê-los fardados, as crianças não resistiram e foram conversar. Entre as perguntas, podiam-se ouvir as risadas das crianças, dando o tom de descontração à base de comando. O próprio coronel Joviano respondeu a uma pergunta intrigante: Se a farda toda dava muito calor.

Certo era o ar de tranqüilidade das pessoas andando pelas vielas, assim como a diversão das crianças na praça da Ressurreição.

Juca Barros

Da Secretaria da Segurança Pública