Um dos principais problemas enfrentados pelos órgãos de combate aos casos de abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes é a omissão ou o medo das pessoas de denunciar os malfeitores, que muitas vezes são pessoas próximas ou conhecidas das vítimas.
Por isso, a Secretaria do Desenvolvimento Social lançou a campanha #ProtejaNossasCrianças, com objetivo de estimular as pessoas a denunciarem os casos de abuso e violência sexual. Em São Paulo, as denúncias podem ser feitas pelo serviço telefônico Disque 181, e no resto país, pelo Disque 100. A denúncia pode ser anônima e não é necessário se identificar.
Em 2015, foram registradas no Estado de São Paulo 16 mil denúncias sobre violações de direitos de crianças e adolescentes, sendo mais de 15% relacionadas à violência sexual, segundo informações da Secretaria Nacional de Direitos Humanos.
Os crimes relacionados à exploração sexual pela Internet também são constantes. A organização não governamental Safernet, que coordena uma central de denúncias contra crimes de direitos humanos na web, recebeu aproximadamente 190 mil denúncias relacionadas à pornografia infantil em 2014.
Na Internet
Em 10 anos, a Safernet recebeu e processou 1.461.693 denúncias anônimas de pornografia infantil no Brasil e identificou 294.392 páginas na Internet com esse tipo de conteúdo. Dessas, 104.339 foram removidas.
No ano passado, no Estado de São Paulo, o CREAS (Centro de Referência Especializados da Assistência Social) registrou 25,4 mil atendimentos, 17% deles relacionados à violência sexual infantil.
Os casos atendidos pelo CREAS estão relacionados a outros tipos de violências praticadas contra crianças e adolescentes, como negligência (abandono), violências físicas (agressão, cárcere privado, maus tratos), psicológicas (ameaça, chantagem, perseguição) e sexuais (abuso, estupro, exploração, pornografia).
Do Portal do Governo do Estado