Doar órgãos é salvar vidas: conheça a história de Luciana

Jovem ganhou um novo fígado e uma nova perspectiva de vida

ter, 27/09/2016 - 9h57 | Do Portal do Governo



Aos 23 anos, Luciana Marques da Silva tinha uma doença grave. Carregava um fígado debilitado, com hepatite e cirrose hepática, doenças hereditárias de sua família. “Eu estava muito mal, sentia muita dor de cabeça, azia e sono. Precisava de um transplante o mais rápido possível.”

A boa notícia foi dada à família de Luciana em agosto de 2011, quando a jovem internou-se no Hospital de Transplantes do Estado de São Paulo para receber um novo órgão. “A partir daquele dia, minha vida mudou. Tudo mudou. Antes eu não tinha muita expectativa de vida, mas quando você faz um transplante, você ganha uma vida”.

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Foi no ano de 2014 que Luciana deu sentido ao que chamou de ‘ganhar a vida’. Ao dar à luz sua primeira filha, Ana Julia, ela realizou o sonho de ser mãe. “Antes de eu fazer o transplante, achei que não seria possível, porque antes eu não tinha como mesmo”, conta.

Aos 29 anos, Luciana está grávida pela segunda vez. “Acho que é uma menina de novo”, diz sorrindo. E acrescenta: “acho que as pessoas deviam pensar muito sobre doar os órgãos e não esquecer de avisar aos familiares. Eu tenho muito a agradecer aos parentes do meu doador porque eu ganhei uma nova vida”.

Mais transplantes, mais vida
São Paulo concentra o maior número de hospitais em condições de realizar transplantes e os órgãos doados podem ser transportados dos locais mais distantes da capital. Cerca de 40,5% dos procedimentos ocorrem no Estado. Somente de janeiro a julho deste ano foram feitos 4.317 transplantes de órgãos no território paulista.

Em comparação aos demais estados do país, em São Paulo aconteceram no período 51% dos transplantes de pulmão, 40,7% dos de pâncreas/rins, 37,3% dos de rim, 37,2% dos de coração, e 36,1% dos de fígado, além de 37,1% dos de córnea (considerada tecido e não um órgão).

Família avisada
No Brasil, a captação de órgãos só acontece quando a morte cerebral é constatada e há autorização da família para a doação. Portanto, a orientação é que haja diálogo entre os parentes sobre o desejo de ser ou não doador de órgãos, pois isso facilita a tomada de decisão. Leia mais.

Saiba mais
Conheça os procedimentos para doação de órgãos no site da Associação Brasileira de Transplantes de Orgãos.

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