Casos de dengue caem 81% no estado de São Paulo

Número de óbitos caiu 90% em 2016 em relação ao primeiro quadrimestre de 2015; balanço foi apresentado por Alckmin nesta sexta-feira (20)

sex, 20/05/2016 - 11h23 | Do Portal do Governo

O número de casos de dengue registrados entre janeiro e abril deste ano no estado de São Paulo foi 81% menor do que no mesmo período de 2015. “A boa notícia é a queda de 90% no número de mortes pela dengue: em 2015, no primeiro quadrimestre, foram 403 óbitos. Em 2016, 44, ou seja, queda de 90%”, disse o governador Geraldo Alckmin durante o balanço apresentado nesta sexta-feira (20), no Palácio dos Bandeirantes. O levantamento foi feito pela Secretaria de Estado da Saúde com base nos dados informados pelos municípios paulistas por intermédio do Sinan (Sistema de Informação de Agravos de Notificação).

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Foram 108.660 casos confirmados da doença nos quatro meses iniciais de 2016, contra 568.070 registrados no primeiro quadrimestre do ano passado. Cinco municípios paulistas concentraram 49,4% do total de infecções pelo vírus da dengue neste ano: Ribeirão Preto (33.264), São José do Rio Preto (7.312), Presidente Prudente (6.392), Birigui (3.763) e Sertãozinho (2.952). Entre todos os municípios paulistas, 71 não registraram nenhum caso, até o momento.

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De acordo com o secretário de Estado da Saúde, David Uip, essa redução expressiva é resultado da intensificação das ações de combates ao Aedes aegypti promovidas pelo Governo do Estado. “E sobretudo, da colaboração do poder público e da sociedade civil. Não podemos dar trégua ao mosquito. Contamos com todos para dar continuidade ao enfrentamento às Arboviroses e, assim, aumentar a proteção à população.”

Alckmin destacou as ações estaduais de combate ao Aedes aegypti. “Foram visitados mais de 24 milhões de imóveis no estado, ou seja, foram visitados 150%, ou seja, mais de uma vez alguns imóveis foram vistoriados. Também contratamos agentes de saúde todo sábado, chegamos a ter 30 mil agentes de sáude, e o combate ao Aedes que era feito em 1/4 dos municípios passou a ter no estado inteiro, e 90% dos municípios aderiram a esse trabalho do agente, que é voluntário, mas é pago. Investimos R$25 milhões e vamos chegar a R$50 milhões. E a tarefa continua. A partir de setembro vamos fazer a contratação dos agentes todo sábado”.

Chikungunya, zika e microcefalia
Em 2015, São Paulo registrou 189 casos importados de Chikungunya, ou seja, os pacientes não contraíram a doença no Estado. Neste ano, foram registrados 366 importados e 55 autóctones.

Já foram notificados 217 casos autóctones de Zika vírus ocorridos desde 2015. Há ainda 29 casos importados – situações em que a infecção ocorreu em outras localidades.

Desde novembro de 2015, os municípios paulistas notificaram 279 casos de microcefalia. Desse total, 8 foram confirmados e 107 foram descartados para microcefalia por infecção congênita, isto é, são relacionados a outras síndromes, intoxicação exógena, ou mesmo, reavaliação do perímetro cefálico. Outros 164 casos estão em investigação para infecção congênita e, destes, 40 são possivelmente associados ao vírus Zika.

Sobre a vacina
Durante o evento, o governador ainda destacou os avanços nos testes clínicos da primeira vacina brasileira contra a dengue“Todo o trabalho da vacina está sendo feito com rigor científico, com auditoria e acompanhamento internacional de toda parte ética. A vacina será feita em 12 centros no país inteiro e está tudo preparado para agora no mês de junho de se fazer a última fase. Há uma expectattiva de fazer uma vacina tetravalente contra os quatro sorotipos de vírus da dengue, que será uma vacina de repercussão mundial, feita aqui no Instituto Butantan”, disse.

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