Rede contra o Aedes aegypti, liderada pela USP, ganha reforço internacional

Cientistas desembarcaram no país com a missão de treinar equipes brasileiras, que atuarão como multiplicadoras, com técnicas de isolamento e cultivo do vírus

qua, 13/01/2016 - 10h02 | Do Portal do Governo

A rede Zika, como é conhecida a força-tarefa de 42 laboratórios contra o mosquito Aedes aegypti coordenada pelo professor Paolo Zanotto do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP, passa a contar a partir dessa semana com a colaboração de uma equipe do Instituto Pasteur de Dakar, no Senegal, um dos principais centros de pesquisa em arboviroses – doenças transmitidas por ácaros e mosquitos.

Os cientistas desembarcaram no país no início de janeiro deste ano com a missão de treinar equipes brasileiras, que atuarão como multiplicadoras, com técnicas de isolamento e cultivo do vírus. Liderados pelo pesquisador Amadou Alpha Sall, os especialistas trazem para cá a experiência adquirida no combate ao ebola em 2014, onde aplicaram técnicas inovadoras para poder isolar e estudar o vírus.

Mais sobre a rede de mobilização
O trabalho comandado pelo pesquisador da USP prevê entender melhor o vírus, tornando possível aperfeiçoar o diagnóstico e desenvolver terapias e vacinas.

Microcefalia
O especialista Paolo Zanotto comenta que embora a associação entre os casos de microcefalia e a infecção pelo Zika esteja clara, pois ocorrem no mesmo tempo e espaço, não se sabe ainda se há, de fato, uma relação causal direta e quais mecanismos estariam envolvidos entre os dois fenômenos. Uma possibilidade para explicar a ligação entre Zika e microcefalia seria uma reação do próprio organismo contra o vírus, que acaba afetando os bebês. Ainda assim, reforça que os cientistas estão trabalhando com a hipótese de que a causalidade existe, como forma de reforçar a prevenção.

“Estamos vendo apenas a ponta do iceberg, que são os casos de microcefalia”, explicou.

Leia mais no site da Universidade de São Paulo.

Do Portal do Governo do Estado