A Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania vai dar o nome do menino Ives Ota ao Centro de Referência e Apoio à Vítima (Cravi) sediado no Fórum Criminal da Barra Funda, em São Paulo. A iniciativa é um resgate à memória do caso que chocou o país em 1997 – em que o menino foi sequestrado e assassinado de forma cruel – e também ao trabalho dos pais do garoto em defesa da paz e de combate à violência. O descerramento da placa da unidade será na sexta-feira, 22, às 11h.
“Mesmo abalada pelo sofrimento, a mãe do menino, que posteriormente ganhou projeção política, saiu pelas ruas do bairro com faixas nos braços a fim de pregar a paz e o fim da violência. Sensível a essa motivação, tivemos o total apoio do governador Geraldo Alckmin”, afirmou o secretário da Justiça e de Defesa da Cidadania, Aloísio de Toledo César, que acompanhou o caso enquanto era juiz e desembargador.
O trabalho em prol da justiça promovido pelos pais de Ives Ota, Massataka e Keiko Ota, impulsionou projetos que pregam o fim da violência. O Cravi foi um deles. “A missão é empoderar a vítima com o acesso à justiça e seu restabelecimento social e psicológico”, explica o secretário. Desde o início das atividades do Cravi, em 1998, já passaram pelo programa quase 25 mil pessoas em todo o estado de São Paulo.
Relembre o caso
No dia 29 de agosto de 1997, Ives Yoshiaki Ota, então com 8 anos, foi sequestrado por três homens em sua própria casa, na Vila Carrão, zona leste de São Paulo. O garoto foi morto na madrugada do dia 30 de agosto com dois tiros no rosto porque reconheceu um de seus sequestradores, que trabalhava como segurança nas lojas de seu pai – dois deles eram policiais militares. Em setembro de 1997, a família fundou o Movimento da Paz e Justiça Ives Ota, que prega o perdão e o fim da violência.
Do Portal do Governo do Estado
