A Secretaria da Educação iniciou uma nova campanha de inclusão de alunos travestis e transexuais nas mais de cinco mil escolas estaduais. Todas as 91 Diretorias de Ensino foram orientadas a oferecer a possibilidade do uso do nome social aos alunos.
Para a adoção da nomenclatura de preferência, basta que alunos e servidores informem a decisão à escola ou à diretoria de ensino. No caso de estudantes menores de idade, é preciso a autorização dos pais. A alteração pode ser feita por novos alunos e também para aqueles que já frequentam uma das escolas estaduais.
Além disso, para aprimorar as políticas inclusivas e de respeito à diversidade, a Educação traçou o primeiro perfil dos estudantes que já adotaram a nomenclatura de preferência.
Foram analisados os dados de 44 estudantes que optaram pela mudança. Deste total, 70% são maiores de 18 anos. As mulheres transexuais e travestis totalizam 93% das indicações de nome social.
Campanha informativa
O projeto de adoção do nome social foi instituído no ano passado e prevê a inclusão do prenome em listas de chamada e diários de classe. O nome civil, aquele que está no RG, será exclusivo apenas nos documentos externos, como transferência e histórico escolar.
A Secretaria da Educação organizou uma campanha informativa com o objetivo de mobilizar ainda mais as escolas e orientar sobre os procedimentos corretos do preenchimento do nome social.
Todas as 91 Diretorias Regionais de Ensino foram informadas com o passo a passo sobre o cadastro e também foi realizada uma videoconferência informativa para melhor esclarecer os procedimentos. A condutora da mobilização é Paula Beatriz de Souza Cruz, transexual e diretora da escola estadual Santa Rosa de Lima, no Capão Redondo.
Mediadores
Também trabalham com programas de inclusão e respeito ao próximo os professores-mediadores da Educação, um educador treinado para identificar e prevenir vulnerabilidades nas escolas.
A pesquisa feita com as unidades escolares participantes identificou que em 81% delas as ações de mediação aumentam a participação da família na prevenção de conflitos como bullying e preconceito.
Do Portal do Governo do Estado