Alckmin discursa durante posse do novo presidente do Memorial da América Latina

São Paulo, 5 de setembro de 2012.

qua, 05/09/2012 - 16h35 | Do Portal do Governo

Governador Geraldo Alckmin: Boa tarde a todas e a todos! Estimado secretário do Estado da Cultura, Marcelo Matos Araújo; ministro Almino Affonso, presidente do Conselho Curador da Fundação Memorial da América Latina; João Batista de Andrade, diretor presidente da fundação, que agora assume. Quero agradecer ao professor Melfi, que foi o presidente até agora, depois do nosso Antônio Carlos Pannunzio. Deputado Davi Zaia, Secretário de Estado de Gestão Pública; Dr. Luiz Carlos Quadrelli, Secretário de Ciência e Tecnologia; deputado Roberto Massafera; nosso sempre deputado Fábio Porchat; embaixador Rubens Barbosa; Secretário de Estado de Cultura, o Jorge Cunha Lima e o Marcos Mendonça; conselheiros da Fundação Memorial da América Latina; chanceler Celso Lafer, presidente da Fapesp; reitor Fernando Ferreira Costa, da Unicamp; reitor da USP, João Grandino Rodas; pró-reitor de Administração da Unesp, Ricardo Samih Georges Abi Rached; reitor da Universidade Zumbi dos Palmares, José Vicente; presidente do Conselho de Administração do CIEE, nosso sempre secretário de Estado, Ruy Martins Altenfelder Silva; Belisário dos Santos Júnior, presidente do Conselho Curador da Fundação Padre Anchieta; o nosso reitor Adolpho José Melfi, presidente do centro do CBEAL; Agustin Molina Arambarri, cônsul-geral da Argentina aqui em São Paulo; Eduardo Pérez Del Solar, cônsul-geral-adjunto do Peru, em São Paulo; ex-presidentes, diretores e colaboradores da nossa Fundação Memorial da América Latina; familiares do nosso João Batista, sua neta querida; artistas, presidentes de associações, entidades, amigas e amigos.

É uma grande alegria hoje, tenho um grande carinho pelo João Batista. Agradecer ao professor Melfi. O Melfi, quando reitor da USP, a Universidade de São Paulo completou 70 anos, é de 1934. Então, em 2004 nós tivemos um desafio que atravessar o rio e criar o campus da zona leste de São Paulo. Milton Nascimento dizia que o artista deve estar onde o povo está. A universidade também deve estar onde o povo está. Então, fomos lá pra zona leste, e hoje nós temos a USP-Leste, ajudando a mudar uma região que tem o tamanho do Uruguai, cinco milhões de pessoas. Agradeço muito o professor Melfi; é um craque, não só nas áreas da geologia, das ciências da terra, mas um grande intelectual e humanista.

Quero cumprimentar o prefeito de Botucatu, o João Cury. Nos alegra aqui com a presença. Cumprimentar o João Batista que foi Secretário da Cultura, criou o PROAP, nossa lei de fomento para a cultura. Deu sequência e implantamos o museu da Língua Portuguesa, que é um sucesso, um dos museus mais visitados do país. Ajudou na questão dos contratos de gestão das organizações sociais que deu um grande impulso aos nossos museus e toda a parte cultural. É um grande cineasta. Eu tenho certeza que ele com este conselho não vai virar suco. E quero confessar, eu que sou um apaixonado pelo cinema e pelo cinema nacional, Dr. Almir, ele me prometeu no futuro me convidar para fazer uma pontinha lá, né?

E destacar a importância do memorial da Fundação Memorando América Latina. Nós vivemos um outro momento. Me lembro que o governador Franco Montoro, que era um entusiasta da integração Latino Americana, tanto é que criou o ILAM, ele contava uma história de que na década de 50, no tempo do presidente Juscelino Kubistchek. O presidente Juscelino comprou um porta-aviões, então houve naquele momento muita critica a compra do porta-aviões. E houve um congresso de deputados, de senadores latino-americanos. Aí o deputado brasileiro criticou o governo dizendo: olha, o país tem outras prioridades do que comprar arma de guerra. Aí o senador da Argentina, falou: olha, pelo o Brasil tem comprado, a Argentina já encomendou, mas tem que receber antes do Brasil. Aí levantou-se um deputado chileno: olha, o Brasil ter porta-aviões nenhum problema, mas a Argentina terá o porta-aviões, o Chile também encomendará o seu porta-aviões. Aí levantou-se uma parlamentar peruano, falou: olha, o principal jornal de Lima publicou a manchete a semanas atrás: Alerta Peruanos. O Chile poderá ter seu porta-aviões. Então dizia o Franco Montoro: só falta a Bolívia comprar um porta-aviões para o lago de Titicaca, né? Países de costas têm. E hoje nós temos um outro cenário de maior colaboração, integração, parceiras de natureza econômica.

Acabou de sair daqui o ministro Paulo Portas, de Portugal, entusiasmado com a possibilidade de se conseguir a assinatura de um avanço econômico entre Mercosul e União Europeia para que se haja mais intercâmbio comercial exatamente no momento em que há enorme desconfiança entre a América Latina e a Europa. E uma enorme possibilidade de maior pretenciosismo com a ideia de ter mais trocas comerciais e fortalecer o comércio exterior.

No Memorial da América Latina tenho certeza absoluta que o João Batista de Andrade vai, nessa corrida de revezamento, dar um grande impulso nesse intercâmbio cultural, artístico, científico, educacional, universitário, com as nossas universidades, econômico. Um grande centro de debate, reflexão e integração. Bom trabalho, João Batista de Andrade!