Alckmin discursa na assinatura de convênio com o Movimento Brasil Competitivo

Palácio dos Bandeirantes, 27 de agosto de 2012.

seg, 27/08/2012 - 13h03 | Do Portal do Governo

Governador Geraldo Alckmin: Quero cumprimentar o nosso ex-primeiro-ministro do Reino Unido, Tony Blair. Dizer da alegria e da honra de recebê-lo. E amigo do Brasil e de São Paulo. Saudar o nosso secretário de Estado, deputado federal Júlio Semeghini; Secretária-Adjunta também do Planejamento e Desenvolvimento Regional, a Cibele Franzese. E em nome dele saudar todos os nossos secretários, dirigentes de empresas, fundações do Governo. Saudar o Élcio Anibal de Lucca, presidente do Conselho Superior MBC, Movimento Brasil Competitivo. O Erik Camarano, Diretor-Presidente do movimento MBC. O líder da assessoria e política do escritório Tony Blair. Joe Tecce, conselheiro do escritório Tony Blair para América Latina. Lideranças empresariais nos alegram aqui com suas presenças, amigas e amigos.

Hoje é um dia importantíssimo. Nós vamos colher os frutos, aqui, desse trabalho no curto prazo. Daqui a 10 anos, daqui a 20 anos, nós ainda vamos estar tendo aqui os frutos dessa boa parceria. E quero destacar aqui a importância do país ter instituições como o MBC. Criado lá atrás. E peço ao Élcio Anibal de Lucca transmita um abraço ao Dr. Jorge Gerdau. As instituições da sociedade civil que procuram se preocupar com a qualidade de vida da população, com a boa gestão dos governos, com a competitividade internacional do país. Enfim, com a eficiência e trazendo uma boa parceria para os governos.

O nosso tempo é o tempo da mudança e da velocidade da mudança. As coisas são muito rápidas. Um exemplo da área da medicina. Antigamente quando a pessoa tinha entupimento da coronária, era ir para o hospital, abrir o tórax, colocar o coração numa bomba de coração-pulmão, pegar a safena, abrir a safena ou a mamaria, ir à artéria, emendar tudo, fazer lá a ponte. Tornar a vascularizar o coração, torcer para ele voltar a bater depois de um bom tempo paradinho. Depois ficar uma semana na UTI. Depois o paciente comentar com a família que ele sentiu que trombou com um caminhão de tanto que doía o peito. Hoje é ambulatório. Vai ao ambulatório, faz um cortezinho aqui, passa o cateter, coloca o stent e tchau, vai para casa.

Olha o celular, o iPhone. O que esse iPhone faz é impressionante. Tecnologia de informação, iPad, engenharia. Então, o nosso tempo é muito rápido, as mudanças são muito rápidas. As mudanças no mundo, um mundo diferente, um mundo urbano. As pessoas não vivem mais na zona rural das grandes cidades. Um mundo metropolitano. São Paulo tem oito mil quilômetros quadrados, 21 milhões de habitantes, terceira megalópole do mundo. Um mundo que mudou demograficamente. As pessoas estão vivendo um crescimento. Talvez essa seja a mais espetacular das conquistas. Esse aumento maravilhoso de expectativa de vida da população. Enfim, o mundo mudou assim muito rápido. E o Governo precisa também do seu Executivo, Legislativo, o Judiciário. Ele está inserido nesse processo de mudança rápida para melhorar a vida das pessoas, para ter mais eficiência, para poder avançar melhor. E planejamento, resgatar planejamento.

Lembro-me que um dia desses foi inaugurado, aqui, há semanas atrás uma nova montadora de automóveis, a montadora japonesa. E aí, ela foi construída, a fábrica em 15 meses. Já está fabricando. Eles falaram: “Olha, nós demoramos um pouco mais no planejamento, mas depois que se planejou, a execução é rápida”. Então, não tenho dúvidas que nós estamos fazendo, aqui, uma parceria, Élcio, de Governo, então, muito importantes. O Governo já tem um conjunto de projetos. Pitu 2020, projetos e planejamento de médio prazo, de longo prazo nas várias áreas. Mas nós vamos ter um ganho de qualidade nesse trabalho, importante.

E quero aqui agradecer. Porque o Governo de São Paulo não vai gastar um centavo. E esta tendo aqui a possibilidade de uma grande parceira. Como disse o Tony Blair, visão de futuro, ter a visão correta, as prioridades corretas e fazê-las. Eu fiquei de olho ali naquela unidade de entrega. A unidade de entrega vai ser superimportante. Ou seja, fazer trabalho e ouvir a sociedade. O governo moderno interage, está ouvindo, erra menos, não é que não vai errar, mas vai errar menos e vai acertar mais. Ele está permanentemente ouvindo a sociedade e trabalhando juntos.

Os vários setores da economia do nosso estado, as várias regiões de São Paulo. São Paulo é o retrato do Brasil. Nós temos aqui regiões Californianas e temos regiões também com mais dificuldade e que exige planejamento, estratégias diferentes. Enfim, nós vamos ter um grande ganho de qualidade nesse trabalho. Por isso a minha palavra é de agradecimento. Agradecer ao MBC, toda a equipe. Agradecer as empresas que estão participando e vão participar.

Está no DNA de São Paulo, terra do trabalho, das oportunidades, do crescimento. E para isso nós precisamos ser o melhor ambiente para negócios. Eficiência, reduzir custos, ser rápido. Ser parceiro de quem empreende, de quem cria oportunidades. Para cá veio, Tony Blair, gente do mundo inteiro. São Paulo é a terra, aonde japonês fala Português com sotaque italiano. Veio gente do mundo inteiro, e veio para cá para trabalhar. Veio para cá em busca de oportunidade, para se realizar servindo as pessoas. E esse DNA de São Paulo nós precisamos todo dia melhorar, no sentido de criar as condições para gente poder avançar rápido.

Vamos ter muita parceira público-privada, grande capacidade de financiamento. Que a dívida do Estado, como disse o Júlio, despencou de 2,2 vezes a receita para 1,4. A dívida teve uma redução extraordinária. Então, abriu muita possibilidade de financiamentos. Parceira público-privada, capacidade de investimento do estado. Então, nós temos aqui as condições ideais para ter um grande salto de qualidade. E ainda, o Movimento Brasil Competitivo teve a sensibilidade de trazer o escritório do Tony Blair, que tem uma expertise em gestão e planejamento, inclusive com experiências internacionais, de coisas boas e de coisas que se deve evitar, para gente poder avançar mais.

Lembro-me que quando Tony Blair era primeiro-ministro, eu sempre citava uma frase dele que dizia: “Olha, reduz a alíquota de imposto e aperta a fiscalização. Os dois juntos: abaixa imposto, aperta a fiscalização para não perder receita. Mas vai reduzindo e vai melhorando a eficiência”. Esse é trabalho permanente. É o ajuste fiscal, fazer mais, fazer melhor, é uma obra infinita, mas a gente não pode deixar a inércia tomar conta. E num governo quando para, volta para trás. Você perde aquilo que conquistou. É uma tarefa permanente. Eu diria que a eficiência com o dinheiro público, a qualidade na prestação do serviço público, na infraestrutura, é o novo nome da ética. Não há ética pública quando não há eficiência, quando não se faz mais e melhor em benefício da população.
Muito obrigado ao MBC.