Alckmin fala sobre Programa de Despoluição de Bacias Hidrográficas

Governador Geraldo Alckmin: Bom dia a todas e a todos, cumprimentar o nosso secretário, o deputado Edson Giriboni, secretário de Saneamento e Recursos Hídricos, coronel Ademir Gervásio, que estava conosco […]

qui, 01/12/2011 - 16h35 | Do Portal do Governo

Governador Geraldo Alckmin: Bom dia a todas e a todos, cumprimentar o nosso secretário, o deputado Edson Giriboni, secretário de Saneamento e Recursos Hídricos, coronel Ademir Gervásio, que estava conosco aqui, secretário da Casa Militar, deputados estaduais, João Caramez, deputado Gilson de Souza; deputado André do Prado, o nosso sempre Deputado Camilo Gava; Dr. Vicente Andreu, diretor presidente de Agência Nacional das Águas, a ANA, a diretoria aqui da ANA presente, Dra. Dilma Pena, presidente da Sabesp, o prefeito Vitor Lippi, de Sorocaba, preside o comitê da bacia hidrográfica de Sorocaba, médio Sorocaba, médio Tietê; prefeita de Boituva, Assunta, de Jarinu, Maria de Fátima; prefeito de Pedreira, o Hamilton Bernardes, Sarapuí, o Ari Vieira; Joanópolis, João Carlos Torres; Araçariguama, o Roque Hoffmann; Biritiba Mirim, o Inho;, Igaratá, o Elzo; vice‑prefeito de Alumínio, o Antonio Aluízio Justo; diretor geral do Serviço Autônomo de Águas de Pedreira, o SAAE, José Moretti Neto. Cumprimentando todos os diretores, técnicos, os funcionários de serviços de água e esgoto, amigas e amigos. Uma palavra breve, mas dizer da alegria de estarmos juntos hoje aqui.

Os rios foram aqui em São Paulo, no nosso país, sempre as nossas vias de desenvolvimento, o interior do Brasil fez o seu desenvolvimento, através dos rios, se a gente for ali, no centrão, ali de São Paulo, na Rua Boa Vista, tem ali a Ladeira Porto Geral, porque ali era o principal porto de São Paulo, era o caminho das pessoas, no Pari tinha pescado, a cidade de São Paulo, o pescado da cidade de São Paulo era dos rios do Pari. Duzentos anos depois, nós vivemos uma outra situação, com as águas poluídas e um grave problema de abastecimento que mostra a importância do planejamento e dos cuidados ambientais, do planejamento urbano, da ocupação do solo e dos cuidados ambientais; e nós temos… A gente sempre ouviu desde criança no Brasil, que o Brasil tem a maior reserva de água doce do mundo. Então, nós temos uma cultura da abundância e uma cultura ‘um pouco de desperdício não vão vai faltar’ só que isso não é bem distribuído. São Paulo tem quase 1/4 da população brasileira e tem 1,6% da água doce disponível, e mesmo dentro do estado de São Paulo são 22 bacias hidrográficas, nós temos seis bacias hidrográficas em situação crítica e quatro bacias hidrográficas em atenção. Essas 10 bacias hidrográficas representam 80% da população do estado, porque engloba as grandes regiões metropolitanas.

Nós temos um desafio extraordinário pela frente e a principal tarefa é exatamente planejamento, entendimento, porque às vezes há conflitos federativos entre estados até, eu sou de uma região da Bacia da Paraíba do Sul e nós que cuidamos da água que abasteça o Rio de Janeiro através do Guandu na bacia de um rio federal: São Paulo, Rio e Minas. Aliás, nós gostamos muito dos cariocas, porque estamos tratando o esgoto sem parar aqui em São Paulo, está melhorando a qualidade das águas, aliás, é fantástico, não é? O Rio Paraíba do Sul, aqui vou dar os parabéns ao CEIVAP, em quase toda a extensão dele, ele a água está de boa qualidade é impressionante como recuperou!

Então, hoje estamos dando mais um passo importante, e o compromisso nosso, 2014 todos os municípios operados pela Sabesp 300% do interior do estado: 100% de água tratada, de esgoto coletado e esgoto tratado, 2016 o litoral norte, e 2018, com algum risco no máximo 2020, a região metropolitana de São Paulo e aí, a gente completa aí esse trabalho. E apoiar os municípios que não são operados pela Sabesp; nós estamos expandindo, fizemos uma suplementação esse ano grande de verba para o Água Limpa para gente apoiar as prefeituras. Acabei de ir sábado a Santa Isabel, que é um município que não é operado pela SABESP, que é a Região Metropolitana, nós vamos colocar quase R$ 20 milhões lá pra poder fazer a estação de tratamento de esgoto, estações elevatórias, emissários, redes, enfim, todo esse trabalho. E cumprimentar as prefeituras. Por exemplo, Sorocaba é serviço autônomo, serviço próprio e é impressionante a recuperação do Rio Sorocaba. Aliás, não sei se é conversa de pescador, Dr. Vicente, mas o Vitor Lipe diz que estão pegando curimbatá lá no Rio Sorocaba. De que tamanho? 4 kg. Mas é fato, é nítido a gente verificar esta recuperação. E a gente precisa perseverar.

Aqui em São Paulo eu não canso de ouvir essa história de que os ingleses recuperaram o Tâmisa, os franceses recuperaram o Sena, e vocês não andam com o Tietê. É perseverar. A mancha que estava lá em Barra Bonita retrocedeu 150 km, hoje está em Salto e vai retroceder mais. Só que são incomparáveis. O Sena em Paris, o Tâmisa, em Londres são rios de foz, perto do mar, muita água. Nós estamos a 700m de altura em São Paulo, terceira metrópole do mundo, 22 milhões de pessoas, só perde para grande Tóquio e Nova Déli, na Índia; muito maior que Nova Iorque, Cidade do México, Xangai, Beijing, Mumbai, 700m de altitude, não tem água. O Tietê nasce aqui em Salesópolis, quando ele passa por São Paulo é um corguinho, não é? Não tem água. Ele vai ter água lá em Panorama, quando deságua no Paranazão. Se São Paulo fosse lá no baixo Tietê, não tinha poluição, diluía tudo. Mas é aqui, aqui é rio de cabeceira, muito pouca água. Mas vai limpar. E não é só o esgoto, porque mesmo que tivesse 100% de esgoto coletado e tratado, estava poluído, poluição difusa, pneu, plástico, pet, sofá, motocicleta, geladeira, fogão, ou seja, poluição difusa. Limpeza urbana e educação ambiental. Mas nós queremos reiterar o nosso compromisso, administrar para o ser humano é saneamento básico. É água de qualidade. 70% do corpo humano é água. A gente vai ficando mais velho, Vicente, vai ficando mais enxuto, não é? E coletar esgoto e tratar esgoto, é cuidar do meio ambiente, esse é o nosso desafio e o programa da ANA, o PRODES, ele é muito inteligente, porque enquanto não ficar pronta a estação de tratamento de esgoto, não recebe; então obra demorada que passou de um ano para o outro, vai atrasando, não recebe, se não atender a meta compactuada, também não recebe, a estação precisa funcionar e precisa funcionar de forma eficiente, e não basta funcionar uma vez não, é acompanhada durante três anos, que são os três anos que o recurso é liberado. Belíssimo programa, aliás, nós poderíamos até, o Giriboni e a Dilma tentar avançar um pouco mais, quer dizer, fazer uma lista de municípios que precisam mais, nós adiantarmos os recursos para o pessoal correr e tentar com a ANA fazer a melhor pontuação lá, porque é um programa muito inteligente. Vicente, muito bom o programa, eu acho que estimula boas políticas públicas e priorizar, governar e escolher, escolher corretamente, a vida a preservação ambiental, a recuperação das águas e planejamento, nos anteciparmos, porque só Região Metropolitana todo ano nós temos que por um metro cúbico por segundo a mais, por segundo a mais, um metro cúbico, todo ano. O ano que vem já tem que ter mais um metro a mais, daqui dois anos, dois, em 4 anos, 4 e nem sempre chove no lugar certo não é? Em 2000 e…, acho que foi 2005, se não me engano eu era governador e parou de chover, para ter uma idéia, Caroline, você que gosta das hidrovias, só começou a chover no Carnaval, você já imaginou isso?

Eu todo dia recebia um relatório da Sabesp sobre o Guarapiranga  e aquilo entrou a imprensa cobrando editoriais, tem que entrar o racionamento, tem que entrar o racionamento, estão sendo irresponsáveis, tem que entrar o racionamento, e nós tentando ali, não chovia de jeito nenhum, primeira chuva sobre o Guarapiranga foi no Carnaval e aí o que nós fizemos? Fizemos o seguinte. Quem economizar 20% de água, vai ter 20% de desconto na conta, então ele ganha 40%, você economizou 20% no consumo de água, cai mais 20%, economiza 40%, campanha, campanha, campanha… A gente ia na porta da casa das pessoas com o medidor lá do hidrômetro, atingiu a meta, pronto, 40% de desconto. Eu me lembro de uma senhora lá na Freguesia do Ó que me disse: “Olha, eu vi que eu ia perder por um dia, eu fechei o registro para ter o desconto, tranquei o registro e aí fiquei dentro dos 20%, ganhei 40%”. Em campanha. Olha, o desperdício é no banheiro, escovar o dente com a torneira aberta. Fazer a barba com a torneira aberta, chuveiro, então, economia. Tom Cavalcante me imitava: “Faça como o governador, escove o dente e engula a água”. Mas foi um stress danado, foi um stress tremendo, porque essas coisas a gente só dá valor quando falta e não tem improvisação, nós vamos marcar Vicente, com o Giriboni e a Doutora Dilma para gente já discutir com a ANA, futuro.

Vamos nos antecipar aí em relação às questões do sistema hídrico, mas dar um grande estímulo aqui aos nossos deputados, ter um importante projeto na Assembleia que a gente observou também o seguinte. Faz Tietê 1, um 1 bilhão, Tietê 2, 1 bilhão e meio, Tietê 3, mais 1 bilhão e tanto. Estações enormes, emissários, parece um túnel de metrô, obras gigantescas, depois a pessoa não livra o esgoto porque não tem R$ 1,3 mil para fazer aquela obra de ligação e continua com o esgoto sendo lançado no córrego, no rio, então nós declaramos isso e lançamos um programa chamado Se Liga na Rede, famílias de menor renda nós vamos pagar 100% a ligação pra não ficar ninguém sem ligar na rede. E o projeto de lei já está lá na Assembleia Legislativa, agradecer aos nossos deputados, grandes parceiros de São Paulo, o João Caramez, o Camilo Gava, o Gilson e o André do Prado, cumprimentar e agradecer aqui os prefeitos, o Dr. Giriboni, a Dilma e especialmente o Vicente Andreu, que a gente vê o entusiasmo dele e a relevância do tema que é a questão das águas no nosso país.

Muito obrigado!